O presente trabalho se insere no campo de discussões sobre iniciação à docência. Trata, especificamente, da condição de professor preceptor no Programa Residência Pedagógica. O objetivo é compreender como a preceptoria no Programa se constitui em movimento autoformativo. Buscou-se, então, conhecer o conjunto de conhecimentos mobilizados pelo professor preceptor para ensinar a docência e como implica em autoformação. Este trabalho, de abordagem qualitativa, foi desenvolvido a partir de entrevistas realizadas com um grupo de três professoras, na condição de preceptoras do Programa Residência Pedagógica, de subprojeto do curso de Licenciatura em Geografia do DCH – campus V da UNEB, articulado a análise de anotações em diário de campo. A organização das questões da entrevista se deu a partir de três categorias analíticas: a) processo de formação inicial na licenciatura; b) parâmetros do ensino e da aprendizagem da docência; c) elementos do residência pedagógica expressos na organização e desenvolvimento do trabalho docente. A análise dos dados obtidos deu-se através da perspectiva textual discursiva em permanente articulação com os aportes teóricos. Os caminhos apontados pelos sentidos expressos nos discursos das preceptoras revelaram que é preciso tensionar os processos que envolvem o delineamento da identidade docente, visando consolidar os potenciais elementos que irão configurar essa identidade, apresentando o Residência Pedagógica como referência de abordagem e problematização da complexa tarefa da docência de Geografia e, principalmente, como espaço de autoformação.