O artigo pretende, em síntese, demonstrar como a participação no Pibid é capaz de permitir que estudantes de licenciaturas vivenciem não unicamente a sala de aula, mas também se encontrem como parte constituinte de espaços que vão além dela. Em um panorama mais específico, compreendemos que um(a) docente/artista atuante na contemporaneidade que reconhece sua identidade, sua articulação política e social e, portanto, ocupa espaços e legitima a Arte e a Educação, é uma necessidade emergente. Estamos ancoradas na abordagem metodológica de relato de experiência, já que, em nossa percepção, compartilhar relatos é um processo que enriquece trocas, ideais e memórias de estudantes da educação e professores. Assim, objetivamos narrar momentos de nossa atuação no Pibid de Artes Visuais da UFSM durante o primeiro semestre de 2023, na E.B.E. Érico Veríssimo, na cidade de Santa Maria (RS), os quais acreditamos representar, assim como diz o título do trabalho, como fomos capazes de ocupar, vivenciar e pertencer em espaços que transcendem a sala de aula. Para que a reflexão acerca dessas práticas seja efetivada e sustentada teoricamente, é relevante atentarmos aos conceitos de “Arte”, “Educação” e “Política”, bem como suas interlocuções e as faces que assumem no ensino, hoje. Como resultado desse relato e dessas reflexões inacabadas, percebemos a urgência de se pensar a relevância de programas como Pibid e RP, escutar estudantes que participam deles e compreender suas atuações identitárias em espaços que lhe pertencem.