O envelhecimento é uma parte natural da vida humana, com implicações biopsicossociais que podem afetar o bem-estar dos idosos. O aumento da longevidade é uma tendência global, com previsões de que a população idosa aumentará significativamente até 2050. No Brasil, também se observa um aumento na expectativa de vida e no número de idosos. No entanto, a vida nas cidades, onde a maioria das pessoas reside, pode trazer desafios para a saúde, como estresse e exposição à poluição. Com a urbanização crescente, compreender os impactos do ambiente urbano na saúde se torna crucial. A neurociência aplicada ao urbanismo surge como uma ferramenta importante para melhorar a qualidade de vida das pessoas, especialmente dos idosos. Essa abordagem estuda como os espaços urbanos afetam a cognição, o bem-estar físico e emocional das pessoas. De acordo com a neurociência, a maior parte do processamento de informações ocorre de forma inconsciente, o que sugere que estímulos ambientais têm uma influência significativa e muitas vezes imperceptível no envelhecimento. Tendo em vista a aplicaçao de uma conjuntura metodológica de pesquisa, o objetivo deste trabalho foi de explorar os fundamentos da neurociência aplicada ao urbanismo, analisar como os elementos urbanos afetam o cérebro das pessoas e destacar o conceito de design biofílico como uma solução para melhorar o bem-estar e a saúde cognitiva dos cidadãos urbanos. Conclui-se que a cidade do futuro deve ser um espaço inclusivo, onde pessoas de todas as idades possam viver de forma saudável e participativa. O planejamento urbano baseado na neurociência aplicado ao urbanismo oferece uma abordagem holística para alcançar esse objetivo, promovendo o bem-estar cognitivo e emocional da população idosa e, ao mesmo tempo, criando uma cidade vibrante e enriquecedora para todos os seus habitantes.