Estudos recentes na área de Educação de Surdos têm apontado para uma proposta bilíngue como sendo a mais adequada para alunos surdos. Soma-se a isso a proposta de ensino de uma língua estrangeira (LE) para esse tipo de aluno. Contudo, tal como alunos ouvintes, os surdos apresentam muita dificuldade no aprendizado de uma LE, principalmente por não viverem num contexto onde a LE é comumente usada. A partir dessa contextualização, este trabalho pretende seguir dois objetivos: (1) discutir acerca das dificuldades que alunos surdos brasileiros apresentam quanto ao aprendizado de uma LE, no nosso caso da língua inglesa (LI); e (2) sugerir uma proposta que atenda as necessidades dos mesmos e que corresponda a um aprendizado significativo de uma LE. Para alcançar esses objetivos, consideramos as afirmações de autores como Gesser (2009), Quadros (1997) e Quadros (2009), que abordam questões referentes à educação de surdos. Como procedimentos metodológicos, através de uma pesquisa-ação (cf. SEVERINO, 2007), fizemos uso de entrevistas semi-direcionadas, cujos dados foram comparados com a análise da bibliografia selecionada. A análise da pesquisa apontou que a LI não é ensinada aos surdos de forma contextualizada em escolas bilíngues, o que não propicia o uso efetivo da LE ensinada. Assim, propôs-se a Língua Americana de Sinais como uma possível alternativa de LE a ser ensinada aos discentes surdos devido ao fato de ser mais condizente ensiná-los uma LE cujo canal de expressão é o mesmo da sua língua natural, a Língua Brasileira de Sinais, que é uma língua de sinais.