Este artigo discorre sobre um projeto de inclusão digital que está sendo realizado na ONG “Casa de Recuperação Resgatando Vidas”, por meio de uma parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – Campus Cajazeiras e tem como objetivo promover a inclusão social e a empregabilidade de dependentes químicos em tratamento, através da inclusão digital. Baseia-se nos estudos de Antunes (2001), Becker (2009), Castells (1999), Lewin (1946), Marshall (1967), Moreira (2006), Morin (2001), Pereira (2001), Santos (1979), Silveira (2001), Sudbrack (2013), Tapia (2005) e Van Acker, Rabia e Passareli (2009). Como metodologia, escolhemos a pesquisa-ação. O trabalho foi realizado em três etapas: pesquisa e elaboração do material didático do curso; realização do curso; levantamento de dados sobre os impactos do curso na vida dos alunos. Os sujeitos deste estudo são internos que se encontram em tratamento na ONG supracitada, que demonstram interesse em participar do curso. Como resultados, vimos que o projeto é visto pelos internos como um caminho para melhorar de vida, aumentando seu potencial de empregabilidade, o que é oportuno para aqueles que se encontram à margem dos processos sociais. Concluímos que promover cursos de inclusão digital como apoio no processo de recuperação de dependentes químicos e construção da cidadania pode ser um caminho possível para a transformação histórico-social e para a inclusão social desses indivíduos marginalizados socialmente.