Nas últimas décadas a Psicologia tem se revisto enquanto ciência e reafirmado seu compromisso ético, político e social, visando não somente à compreensão acerca dos fenômenos escolares, mas, sobretudo à construção de referenciais e práticas comprometidos com a construção de um modelo educacional que efetivamente contribua no enfrentamento do fracasso escolar. A instituição escola em seu papel de promover o aprendizado e o desenvolvimento, bem como a humanização do sujeito a partir de práticas e processos que se desenvolvem no âmbito escolar, é considerado para efeito desse trabalho – espaço de materialização das políticas educacionais. Neste trabalho, de natureza teórica e bibliográfica, objetivamos trazer a luz da Psicologia Histórico-Cultural, algumas contribuições, no sentido de reafirmá-la enquanto referencial teórico para a compreensão e estudo das políticas educacionais, que em tempos de neoliberalismo globalizado tem operado mudanças a partir do conceito polissêmico de qualidade, em que na maioria das vezes não trazem mudanças que se traduzam efetivamente, em melhoria dos processos educativos para os sujeitos envolvidos – professores e alunos - políticas estas, na maioria das vezes implementadas de forma vertical e autoritária. Defendemos que o aporte teórico da Psicologia Histórico-Cultural pode contribuir para compreensão daquilo que acontece ao coletivo escolar, bem como possibilitar tanto o enfrentamento, quanto a proposição de políticas educacionais comprometidas de fato com a humanização do sujeito e seu pleno desenvolvimento.