Nos dias atuais, a ideia que se tem da educação inclusiva é a de levar todos os alunos com necessidades específicas para o ensino regular. Contudo, inclusão implica muito mais do que uma simples inserção desse alunado em turmas de escolas municipais, estaduais ou cursos livres de idiomas. Desta feita, o presente trabalho objetiva analisar as formações discursivas e as formações ideológicas que perpassam as representações sobre a educação inclusiva, no contexto específico do ensino/aprendizagem de língua estrangeira. Para tanto, como corpus utilizamos uma entrevista que faz parte do banco de dados do Programa Institucional de Bolsas a Iniciação Científica (PIBIC), intitulado O Ensino de Língua Estrangeira a Deficientes Visuais: Inclusão Social, Políticas Educacionais e Formação de Professores, sob a orientação da Profa. Dra. Betânia Passos Medrado, na cidade de João Pessoa nos anos de 2011-2012. Como metodologia, construímos uma percepção hermenêutica, tendo como baliza norteadora, os pressupostos teórico-metodológicos da Análise do Discurso Francesa (ADF). Nesse sentido, procedemos aos feitios teórico-metodológicos à luz dos postulados pecheutianos (1997/2009), Pêcheux, Fuchs, Catherine (1975). A análise do corpus nos permitiu compreender que o processo de inclusão carrega consigo uma formação discursiva que tende a naturalizar a homogeneidade do sujeito, sendo que normalmente, a culpabilidade pela não inclusão recai sobre o professor.