Os contos de fadas, aqui, estudados são prenhes de significados inconscientes, ao considerar que quando foram escritos não eram destinados para as crianças. Sobretudo, quando compreendemos que o contexto histórico e social das antigas versões dos contos de fadas que datam do século XIX, concebia a figura da mulher como sendo uma figura submissa ao homem, preparada para ser uma esposa virtuosa retratada nos contos de fadas tradicionais dessa época. Ressaltando ainda que os contos tradicionais perpetuam a imagem de princesas educadas para esperar por um “príncipe encantado” que as salvassem. No entanto, o olhar para a mulher na sociedade contemporânea está mudando pela forma como está visível nas novas versões dos contos de fadas, a presença dos diferentes tipos de princesas, a exemplo de personagens que já sonham em se tornar independentes para ter seu próprio negócio: ser uma empresária de sucesso. O presente artigo objetiva analisar como os contos de fadas se transformam ao longo do tempo, ao contemplar, tanto a evolução do papel da mulher na sociedade, como a influencia desses contos na formação da personalidade das crianças. Tomando como base autores como Marie-Louise Von Franz (1981), Diana Lichtenstein Corso e Mário Corso (2005), Bruno Bettelheim (1978). Experiências com as crianças, através de contação de histórias, exibição de filmes e entrevistas, mostram o quanto está arraigado nas crianças o conceito de padrão beleza exibido nas versões clássicas, já que elas apresentam certa dificuldade para aceitar uma princesa negra ou uma princesa que foge aos padrões de beleza que envolve magreza e delicadeza.