Diante das tensões atuais em torno da agenda política que se configura, por um lado, na tentativa de promover a educação sexual nos currículos das escolas brasileiras e, por outro, na crescente ofensiva por parte conservadora e reacionária da sociedade brasileira que se opõe as discussões e ao avanço do conhecimento cientifico sobre gênero no país, este artigo tem como objetivo refletir o modo como o Plano Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul Lei nº 4.621 (2014-2024) incorporou questões relacionadas à igualdade de gênero e sexualidade. Tendo em vista seus impactos na formação das futuras gerações para a cidadania. Trata-se de um estudo bibliográfico, analítico e descritivo que tem como fonte de pesquisa o Plano Nacional de Educação Lei n.º 13005 (2014-2024), o Plano Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul nº 4.621 (2014-2024), a Base Nacional Comum Curricular (2017), bem como estudos que ajudam a elucidar reflexões sobre o tema. Entende-se que gênero é um conceito permeado por referenciais simbólicos de força, controle e de poder, portanto, suprimir ou exclui-lo das políticas educacionais e, por consequência, do ambiente escolar resulta na desresponsabilização do Estado no sentido de promover políticas que visam reduzir a violência contra a mulher, ameaçando, assim, os direitos humanos no pais, a inclusão plena e a democracia.