Este resumo se propôs em estabelecer a articulação entre o papel da educação formal, informal e não formal apresentando a relevância sobre os processos formativos pedagógicos protagonizados nas comunidades quilombolas, de modo a pensar essas comunidades como espaços de produção de saberes e modos de vida. Ou seja, ainda que incipiente, a discussão teórica apresentada reside em compreender as táticas (CERTEAU, 2014) utilizadas por estas comunidades em relação aos saberes aprendidos e repassados de geração em geração, os quais vislumbram na educação não-formal e informal possíveis táticas para perpetuar as experiências e conhecimentos adquiridos no cotidiano das comunidades quilombolas. Neste sentido, a discussão aqui apresentada se pautou em dois levantamentos teóricos que consubstanciarão a análise (após aplicação da pesquisa de campo em andamento – 2022) realizando a interlocução das práticas cotidianas no processo de educação não-formal e informal. Num primeiro momento, assumimos o pressuposto teórico de Michel de Certeau (1998, 2014) para discutir o cotidiano e suas práticas. Práticas estas que introduzem a noção das “artes do fazer”, de existência e resistência no interior das comunidades tradicionais. Já num segundo momento, realizamos a discussão sobre os processos formativos pedagógicos da educação formal, não-formal e informal por meio de Gohn (2006) e Brandão (2006) adotando a epistemologia ser a educação por meio das três modalidades possuir características diferenciadas que podem ser complementares no processo de relações sociais baseadas na justiça social.