A língua brasileira de sinais (Libras) é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão das pessoas surdas. Para indivíduos surdos que se comunicam apenas em Libras, a comunicação, quando não realizada de forma sinalizada, apresenta-se como uma barreira linguística, afetando a qualidade do atendimento. Nesse contexto, visando preparar futuros profissionais de saúde para o atendimento de pacientes surdos por meio do uso da Libras; foi fundada em 2020, a Liga de Libras e Atenção à Saúde da Pessoa Surda (LILAS) da Universidade de Fortaleza (UNIFOR). O projeto tem como intuito capacitar os estudantes em Libras por meio de atendimentos ambulatoriais, para que adquiram domínio adequado da língua. Este artigo trata-se de um relato de experiência do tipo narrativa e de natureza descritiva e explicativa, que tem como objetivo compartilhar experiências acerca do projeto executado, com o intuito de enaltecer a relevância dos conhecimentos acerca da realidade enfrentada por indivíduos com perda auditiva e as dificuldades em atendimento aos serviços de saúde enfrentados pelos mesmos e por último influenciar outras instituições de ensino a propagarem o ensino da Libras em suas grades curriculares, a fim de destacar a importância da mesma para um atendimento de qualidade. O projeto de atendimentos ambulatoriais à população surda visa, a longo prazo, avaliar a qualidade e o impacto que o atendimento de forma acessível em Libras exerceu sobre essa população e, também, analisar o ganho de conhecimento e experiência adquiridos pela equipe atuante no projeto.