O contexto ainda atual de pandemia tem afetado a sociedade muito além do cenário econômico. A situação que nos levou ao isolamento social, agora parcialmente dispensável, afetou também a educação exigindo que a escola e o professor se reinventem. Considerando este contexto, o objetivo do presente estudo foi investigar através de pesquisa documental e bibliográfica as potencialidades e implicações pandêmicas no ensino de ciências com ênfase no ensino de base experimental. As potencialidades desta modalidade vêm sendo acompanhada ao longo dos anos com o desenvolvimento do projeto “Ensino de Ciências na Escola do Futuro”, que durante a pandemia foi aplicado de forma remota. Este foi utilizado como foco do nosso estudo a fim de discutir e responder questões sobre: os impactos da pandemia no ensino de ciências de base experimental; a preparação do professor para enfrentar adaptações no ensino; e a importância da formação continuada. A pesquisa realizada sugere que a utilização deste método de ensino, mesmo quando aplicado de forma remota, mantém o interesse do estudante em investigar problemas reais no contexto de suas vivências; corrobora o importante papel do professor como estimulador para que os objetivos dos projetos de investigação sejam atingidos; e ressalta a importância da visão que os professores têm sobre ciência, não apenas sobre o conhecimento científico, mas também os processos históricos e filosóficos que permeiam a construção do pensamento científico. Neste sentido, o estudo reitera a importância da formação continuada e ressalta os benefícios da articulação em projetos entre professores da educação básica e do ensino superior.