Tradicionalmente, os cursos de Licenciatura não apresentavam em seus currículos disciplinas específicas com foco em Educação Inclusiva. Um exercício simples, é só analisar os fluxogramas das Licenciaturas mais tradicionais do nosso País. É muito nova a discussão sobre estudantes com necessidades específicas inseridos em classes regulares. Um exemplo disso é o fato da Literatura especializada ainda ser muito escassa. Visando tais lacunas e tendo em mente que o trabalho docente também é uma prática social, dentro do Curso de Licenciatura em Física do Instituto Federal de Alagoas - Campus Piranhas, algumas ações foram pensadas para trabalhar com a produção de material didático, como suporte a professores ao receberem estudantes com baixa visão ou cegueira. Atualmente o trabalho está sendo realizado para estudantes com dificuldades de aprendizagem e Autismo, sendo este acompanhados pelo serviço de psicologia e pelo NAPNE (Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas), importante suporte dado ao professor. Os objetivos do trabalho foram: identificar estudantes com baixa visão ou cegos na região de Piranhas, conhecer a realidade do ponto de vista pedagógico de professores de Física, produzir material didático e despertar a consciência e a sensibilidade dos futuros professores de Física frente a temáticas da Educação Inclusiva. Em relação à metodologia, inicialmente foi ofertado o Curso de construção de material didático. Posteriormente os estudantes realizaram entrevistas com o público-alvo. Debate e discussão de textos também foram realizados. Os resultados esperados foram: a construção de uma consciência nos futuros professores de Física, produção para o NAPNE de material didático para Física, produção de provas adaptadas e diálogo aberto para novas formas de ensinar e aprender. Portanto, é salutar que o professor note a necessidade em produzir material didático para a sua área em específico, pois a escola precisa estar preparada para estes alunos que eram invisíveis para o sistema educacional.