Este artigo constitui um estudo das demandas da formação continuada em contexto da pandemia, sobretudo, as implicações para o Desenvolvimento Profissional Docente - DPD, assim abordamos alguns desafios para o exercício docente, quanto ao enfrentamento de situações-limites. Nessa direção, utilizamos de uma pesquisa com abordagem qualitativa, do tipo descritiva e exploratória. Como instrumento para produção de dados, utilizamos um questionário virtual com uma situação-limite, sendo disponibilizado no formulário do google forms para 37 professores/as da educação Básica com formação stricto sensu, do município de Itapetinga-BA, entretanto, só 14 responderam. Os dados revelam que na pandemia os/as professores/as necessitaram de formação continuada, de condições de trabalho, de recursos financeiros para adquirir aparelhos tecnológicos e pacotes de internet, contudo, os/as professores/as não contaram com uma política pública educacional de âmbito federal destinada às suas necessidades profissionais, o que alargou ainda mais a desigualdade social e potencializou processos de exclusão digital. Nesse contexto, a pandemia demonstrou o quanto necessitamos legitimar o direito à Educação, com investimentos tanto direcionados aos/às estudantes, como para os/as professores/as, o que exige investimentos nas condições estruturais das escolas e nas várias dimensões do DPD (formação, plano de carreira, salário, condições de trabalho, etc.). Caso contrário, a desprofissionalização docente e a precarização da educação serão cada vez mais maiores em períodos em que o país atravessar um momento de crise.