O modo de como se fala (a pronúncia / o sotaque), a cultura (os costumes), fazem com que a região do falante seja distinguida perante as outras. A presente pesquisa de campo tem como objetivo verificar os motivos que levam os habitantes do Estado da Paraíba a perderem sua variante regional quando passam a viver e trabalhar na cidade do Rio de Janeiro – RJ. Prontamente, busca-se analisar numa perspectiva teórica – a Sociolinguística - o prejuízo à identidade cultural por meio da língua falada (na questão que permeia o processo migratório da Paraíba para o Rio de Janeiro), como também demonstrar suas implicâncias em todo um contexto social e histórico. As variações no uso da língua pode ser uma ferramenta de dominação e discriminação social. Marcos Bagno (2007) em seu livro Preconceito Linguístico colabora na derrubada de diversos mitos que envolvem questões de preconceito e estigmas de variedades não urbanas. As condições sociais, as distâncias geográficas, interferem na maneira de falar dos indivíduos, criando determinadas variações no emprego de uma mesma linguagem. Observa-se que a variedade de língua padrão (variedade linguística com maior prestígio social) ganha mais espaço porque socialmente falando ela representa um poder simbólico dos grupos sociais - que a elegeram como norma / padrão. Em outras palavras, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) – Língua portuguesa, ensino fundamental – afirmam que o preconceito alastrado na sociedade relacionado aos muitos dialetos deve ser encarado, dentro da escola, como item de um objetivo educacional mais amplo, promovendo a inclusão e o respeito à diferença.