SANTOS, Magna Cély Araújo. A educomunicação nos debates sobre gênero e sexualidade. Anais I CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <http://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/6704>. Acesso em: 27/11/2024 21:45
A utilização da Educomunicação nas escolas como um processo formador de sujeitos capazes de planejar e ministrar seus próprios conhecimentos, livres do mecanismo imperialista de ensino e dos pré-conceitos que advêm da sociedade, é de suma importância para desenvolver o pensamento coletivo das futuras gerações. Esse campo que une comunicação e educação é capaz de promover diálogos entre as partes envolvidas no processo de ensino-aprendizagem brasileiro. Promover debates sobre gênero e sexualidade nas escolas promove a tolerância e inibe os pré-conceitos com relação a pessoas que fogem a regra heteronormativa, desmistificando o pensamento de que o gênero e a sexualidade são definidos biologicamente. Os resultados pertinentes as aplicações Educomunicativas nos debates de gênero e sexualidade são atribuídos, a longo prazo, à formação de cidadãos conscientes dos processos sócio-culturais que envolvem os conceitos de gênero e sexualidade. Desse modo, os debates em torno desse tema devem acontecer em uma relação dialógica entre professores e alunos, escola e sociedade. A própria sugestão do tema gera discussão nas escolas, pela forma como a sociedade se refere aos conceitos, precipitados, de gênero e sexualidade como ações biológicas. A educomunicação como mediadora nesse processo, absorve o tema com os diversos pontos de vista e assim, promove a construção do saber, tanto de alunos, quanto de professores. Todos são beneficiados, ao passo que ocorre uma troca de opiniões e definições sobre o tema, resgatando valores relativos a cada personagem social dessa relação. Com o processo coletivo de construção do saber sobre gênero e sexualidade, é mais fácil que os atores sociais, nesse caso, cheguem a conclusões sobre as verdadeiras concepções sobre o tema e assim suas ideias errôneas e precipitadas se desfaçam.