QUAL A RELAÇÃO ENTRE OS ENTENDIMENTOS DE SI COMO SUJEITO GENERIFICADO E A AUTOGESTÃO DOS DADOS NAS PLATAFORMAS DE REDES SOCIAIS? PROPOMOS RELACIONAR TAL ENTENDIMENTO DE SI DE HOMENS TRANS E PESSOAS TRANSMASCULINAS COM A TECNOLOGIA NO PROCESSO DE ESCRITA DE SI NA AMBIÊNCIA DIGITAL, LEVANDO EM CONTA SUAS POSSIBILIDADES TÉCNICAS, E AINDA O RELACIONAR-SE COM O OUTRO NESSES ESPAÇOS. OBJETIVA-SE APRESENTAR OS ATRAVESSAMENTOS DISCURSIVOS ENTRE AS NEGOCIAÇÕES DE SE COLOCAR COMO SUJEITO ON-LINE POSSUIDOR DE UM GÊNERO E AÇÕES DE (DES)INDEXAÇÃO E DE GERENCIAMENTO DE SOCIABILIDADES NO AMBIENTE DIGITAL. POR MEIO DE CONVERSAS ON-LINE (ENTREVISTAS SEMIESTRUTURADAS) COM USUÁRIOS TRANSGÊNEROS DO FACEBOOK É QUE CHEGAMOS A UM ENTENDIMENTO DE PASSABILIDADE – SER LIDO COMO SUJEITO CISGÊNERO (AQUELE QUE SE IDENTIFICA COM O GÊNERO QUE LHE FOI ATRIBUÍDO AO NASCER) – E COMO ELA ARTICULA OS DISPOSITIVOS DO GÊNERO NA REDE SOCIAL. ASSIM SÃO APONTADOS COMO ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DE DADOS: A OCULTAÇÃO DE FOTOS, EXCLUSÃO DE POSTAGEM POR MUDANÇA DE POSICIONAMENTO, EXCLUSÃO DE PERFIL EM REDE SOCIAL ANTES DA TRANSIÇÃO – INCLUSIVE PORQUE OS SISTEMAS NÃO PERMITIAM TROCA DE NOME –, EVITAR SER FOTOGRAFADO, BLOQUEAR E EXCLUIR PESSOAS TRANSFÓBICAS, ESCRITA DE TEXTO PEDINDO RESPEITO E CONTROLE DE ACESSO AOS CONTEÚDOS. OS RESULTADOS LEVAM A PROCESSOS DE DESINDEXAÇÃO DE DADOS DOS RESULTADOS NA BUSCA DE REDES SOCIAIS ON-LINE E NEGOCIAÇÕES NA COGESTÃO DOS LIMITES DA PRIVACIDADE NA QUAL SE PROCURA CONSTITUIR UMA REDE COM PESSOAS DE PERFIL SIMILAR EM RELAÇÃO A OPINIÕES E POSICIONAMENTOS. ASSIM, TEMOS HOMENS QUE NOS AMBIENTES DIGITAIS VIVEM SUA TRANSGENERIDADE COM PESSOAS QUE A RESPEITAM NAS QUAIS O APAGAMENTO DESSE ASPECTO DE SUAS VIDAS NÃO SE TORNA NECESSÁRIO.