Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

PIBID PEDAGOGIA: EXPERIÊNCIAS DO ESTÍMULO DA CRIATIVIDADE NA PRODUÇÃO TEXTUAL

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Para tanto, foi realizada uma pesquisa de caráter observacional, através da experiência de diagnóstico inicial proporcionada pelo Programa Institucional de Bolsas e Iniciação à Docência (PIBID). Assim, foram observados e analisados dois momentos em que a professora supervisora desenvolveu atividades de produção de textos em uma turma do 3º ano do ensino fundamental. Parte-se do pressuposto de que "a partir do momento que a criança começa a imaginar ela passa a desenvolver diferentes formas de expressão, [...] através das quais estabelece relações com o mundo" (SANTOS, 2001, p. 90), e neste sentido o professor deve estimular os alunos para que produzam textos utilizando como ferramenta principal sua criatividade e explorem seus conhecimentos sobre o tema afim de que se sintam motivados a produzir. A criação de situações em que os alunos e alunas possam explorar sua criatividade por meio da elaboração de textos é tarefa que cabe ao professor, como destaca Vygotsky (1989, p. 101): "[...] o aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer". Ou seja, é na escola, em situações planejadas e organizadas com este fim, que a criança poderá explorar as suas potencialidades e criatividade, desenvolvendo-as. E como o professor é o responsável por esta organização, este tema foi alvo da presente investigação, por conta de sua importância da formação de professores. Assim, os estudantes pibidianos do curso de Pedagogia, realizaram a observações de duas aulas da professora supervisora do PIBID para a elaboração do diagnóstico inicial da turma e com base nestas observações realizaram a análise das atividades organizadas pela professora em situações de elaboração de textos. Na primeira aula, a professora fez uso do estímulo visual, em que a imagem do desenho de um palhaço foi entregue e colado no caderno das crianças (ilustração não colorida). As crianças deveriam criar as características principais deste personagem, que seriam nome, idade e onde morava. Após isso deveriam relatar um acontecimento da vida do palhaço. Por fim deveriam pintar o palhaço. Na segunda atividade de produção de texto a metodologia começa com uma contação de história, utilizando a fábula O Leão e o Rato de Esopo. Após, foi solicitada a reprodução por escrito do que cada criança conseguisse lembrar da história. Em ambas as metodologias, o objetivo da professora foi estimular a produção textual individual. A partir destas observações, foram realizadas análises sobre dois elementos principais: (1) a motivação inicial para a escrita criativa e (2) a postura criativa incentivando a reescrita autônoma da fábula. Na primeira aula a professora apresenta uma personagem como motivação para a escrita: um palhaço. A professora fez uma escolha e é preciso analisar o impacto desta escolha: as crianças têm experiências com esta personagem? Têm uma relação afetiva? O desafio de escrever uma aventura com esta personagem realmente seria motivadora para estas crianças? A professora como organizadora da situação de produção textual deve se questionar sobre a potencialidade da escolha de uma personagem ao planejar as suas ações. Ao desenvolver a atividade as crianças aceitaram o desafio e apresentaram vários questionamentos sobre o local onde o palhaço viveria e outras curiosidades. No entanto, a maior parte das crianças se interessaram mais em pintar a imagem do que sobre escrever a respeito dela. Ou seja, para a maioria das crianças esta personagem estava tão distante de sua realidade que foi difícil falar sobre ela. Uma atividade que parecia simples, foi dificultada por conta da escolha de um tema descontextualizado da vivência das crianças. Na segunda aula, ao iniciar realizando uma contação de histórias, a professora surpreende a turma, que assiste vidrada a apresentação. Este entusiasmo é reproduzido na elaboração de textos com riqueza de detalhes, através dos quais as crianças recontam a história. A produção textual desta vez, foi realizada sem dificuldades, pois a estrutura da história (início, meio e fim) estava posta, como destaca Regina Machado (2004): "uma criança habituada a ouvir histórias, internaliza essa estrutura e familiariza-se com ela", ou seja, quanto mais exposta à contação ou leitura de histórias, mais a criança terá condições de compreender o que é uma narrativa e produzi-la. Conclui-se evidenciando que a atividade de observação da prática do professor da educação básica é um importante aprendizado durante a formação inicial dos futuros professores, que dentro do programa PIBID pode ser realizada. A reflexão sobre diferentes metodologias para a motivação da produção textual evidenciou que o trabalho realizado com as crianças requer não somente cobrá-las que escrevam, mas sim executar meios que incitem nelas o desejo por produzir, e mais que isso, deixar claro o interesse pela produção delas. Dessa forma, a resposta final dos alunos será o sentimento de autoconfiança para produzir cada vez mais e melhor. Palavras-chave: produção textual, anos iniciais, motivação, formação de professores Referências CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. Os estágios nos cursos de licenciatura. São Paulo: Cengage, 2012. MACHADO, Regina. Acordais: fundamentos teóricos-poéticos da arte de contar histórias. São Paulo: DCL, 2004. SANTOS, Vera Lúcia Bertoni. Promovendo o desenvolvimento do faz-de-conta na educação infantil. In: CRAIDY, Carmem Maria; KAERCHER, Gládis Elise P. da Silva (org.). Educação Infantil: pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001. VYGOTSKY, L. S. Formação social da mente. 3. ed., São Paulo: Martins Fontes,"
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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

PIBID PEDAGOGIA: EXPERIÊNCIAS DO ESTÍMULO DA CRIATIVIDADE NA PRODUÇÃO TEXTUAL Cleyce Monyelle Felix Soares/cleycemonyelle@gmail.com/UFAL Tereza Cristina Cavalcanti de Albuquerque/UFAL Kedson Gomes da Silva/UFAL Nathalia Silva Ferreira /UFAL Eixo Temático: Processos de Ensino e aprendizagem Agência Financiadora: CAPES Resumo Há uma necessidade de compreensão dos procedimentos usados pelo professor que estimulam a produção textual nas crianças utilizando-se de sua fase criativa, de forma a despertar nelas o interesse pela escrita e pela leitura, e para aproveitamento dessa criatividade o professor deve incitar o desejo por conhecimento nos alunos, pois, é na infância que a criatividade da criança está mais forte. O presente trabalho busca discutir a importância do processo de iniciação à criação textual e as formas de incentivar e provocar nos alunos o interesse pela escrita. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de caráter observacional, através da experiência de diagnóstico inicial proporcionada pelo Programa Institucional de Bolsas e Iniciação à Docência (PIBID). Assim, foram observados e analisados dois momentos em que a professora supervisora desenvolveu atividades de produção de textos em uma turma do 3º ano do ensino fundamental. Parte-se do pressuposto de que "a partir do momento que a criança começa a imaginar ela passa a desenvolver diferentes formas de expressão, [...] através das quais estabelece relações com o mundo" (SANTOS, 2001, p. 90), e neste sentido o professor deve estimular os alunos para que produzam textos utilizando como ferramenta principal sua criatividade e explorem seus conhecimentos sobre o tema afim de que se sintam motivados a produzir. A criação de situações em que os alunos e alunas possam explorar sua criatividade por meio da elaboração de textos é tarefa que cabe ao professor, como destaca Vygotsky (1989, p. 101): "[...] o aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer". Ou seja, é na escola, em situações planejadas e organizadas com este fim, que a criança poderá explorar as suas potencialidades e criatividade, desenvolvendo-as. E como o professor é o responsável por esta organização, este tema foi alvo da presente investigação, por conta de sua importância da formação de professores. 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