Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

INOVAÇÃO CURRICULAR NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DA LICENCIATURA EM FÍSICA: A PROPOSTA DO CEFET/RJ CAMPUS PETRÓPOLIS

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A despeito de o projeto pedagógico curricular estar em consonância com as visões presentes nos documentos oficiais, o formato tradicional das disciplinas de práticas I e II, responsáveis pela execução do estágio, não pareciam dar conta da formação reflexiva, integrada e crítica (GIROUX, 1997) almejada pela equipe docente atuante no curso. A necessidade da reforma curricular apresentou à equipe o desafio de pensar um estágio para além das questões burocráticas, que garantisse a integração entre o que se aprendia durantea licenciatura e o que acontece nas escolas básicas. Nesse sentido foi construída uma proposta de estágio temática.Para tanto, a equipe de docentes responsáveis pela reestruturação do projeto pedagógico do curso tomou como base a ideia de Pimenta & Lima (2005/06) que defendem Estágio "como um campo de conhecimento, o que significa atribuir-lhe um estatuto epistemológico que supera a tradicional redução à atividade prática instrumental" (p.6). Assim, na organização curricular do Curso, o Estágio integra o Eixo articulador Teoria e Prática, sendo realizado nas escolas de educação básica, respeitando o regime de colaboração entre as partes. Para tanto o estágio foi distribuído em disciplinas específicas, nomeadas de prática docente, entendendo de que a docência é uma atividade mais ampla que a atividade de ensino em si e que envolve outras dimensões. A primeira disciplina que contempla o estágio supervisionado é a Prática Docente I, que tem como pré-requisitos as disciplinas Oficina de Projetos de Ensino em Mecânica (uma disciplina de prática como componente curricular)e Didática. A ideia é que os alunos já tenham tido algum tipo de contato inicial com os fundamentos pedagógicos básicos para realizar seu primeiro contato com a escola básica. Após esta, todas as outras disciplinas de Prática Docente, isto é, de II a V, tem como pré-requisito a Prática Docente imediatamente anterior. Desta forma, os alunos não têm a opção de saltar etapas na sua formação como professor e observa uma sequência lógica de formação na sua futura área de atuação. Inicialmente, há um período de observação realizada pelos alunos nas escolas, sob a supervisão do docente da escola básica e da orientação do professor de Prática I cujo tema é estrutura e gestão escolar. Compreender a organização da escola é fundamental para uma análise das relações em sala de aula. As questões relativas à Inclusão e Educação Especial são discutidas na Prática docente II. Para nós, a formação docente deve proporcionar aos licenciandos discussões a respeito da diversidade e, sobretudo, do direito de todos à educação. Por esse motivo, a disciplina de Prática Docente II busca inserir os alunos em estudos de caso com alunos em situação de inclusão educacional bem como conhecer escolas dedicadas à educação especial no intuito de perceber práticas pedagógicas especificas para esta modalidade de ensino. Posteriormente, nas disciplinas de Prática III, os alunos são direcionados para escolas de Ensino Fundamental para discussões sobre o Ensino de Ciências nesta modalidade da Educação Básica. Os licenciandos em Física atuarão prioritariamente no Ensino Médio, mas podem eventualmente atuar no Ensino Fundamental. Para além da atuação, a percepção da equipe responsável pela reestruturação do curso é de que o aluno deve construir um olhar globalizante sobre a Educação Básica, não apenas sobre uma de suas etapas. As duas últimas disciplinas, Prática Docente IV e V são os espaços em que o estagiário desenvolve sua regência de classe, elegendo sua(s) turma(s), dentre aquelas em que atuou nas etapas anteriores. A docência na Prática Docente IV deve contemplar a modalidade de Educação de Jovens e Adultos, tendo em vista que esta é uma modalidade que exige dos futuros professores percepções e metodologias específicas e reconhecendo também a necessidade de se garantir aos educandos matriculados nesta modalidade uma educação de qualidade. Na Prática Docente V, a escolha da regência das aulas fica a critério do aluno em decisão compartilhada com o orientador de estágio.Essas regências envolvem o compartilhamento do espaço-tempo da aula com o professor supervisor, com outro(s) estagiário(s) e, até mesmo, com seu professor orientador da disciplina de Prática Docente, buscando uma parceria denominada de codocência. A codocência permite aos atores envolvidos captarem as múltiplas dimensões do processo educativo e formativo que se constitui durante a disciplina de estágio, proporcionando inclusive a formação continuada do professor supervisor e do professor da disciplina de Prática Docente. Além disso, permite a aquisição de dados para pesquisas na área de ensino e de formação de professores. Assim sendo, a reestruturação do projeto pedagógico da Licenciatura em Física do campus Petrópolis (CEFET/RJ) buscou inserir o licenciando na Educação Básica de forma gradativa e sempre dialogal, pois as disciplinas de Prática Docente funcionam como espaço de reflexão sobre as observações na escola. A base é a ação-reflexão, ou seja, a práxis. Com esta organização, a equipe responsável pela reestruturação intenta uma formação mais global sem perder as especificidades de cada etapa e/ou modalidade da educação básica, tentando assim proporcionar aos licenciandos a perspectiva da construção da identidade docente, e oferecer à sociedade docentes formados com qualidade. Palavras-chave: Formação de professores, Estágio docente, Licenciatura em Física Referências BASTOS, Fernando; NARDI, Roberto (Org.). Formação de professores e práticas pedagógicas no ensino de ciências: contribuições da pesquisa na área. São Paulo: Escrituras, 2008. 383 p., il. (Educação para a ciência; v. 8). BEYER, Huto Otto. Inclusão e avaliação na escola: de alunos com necessidades educacionais especiais. Porto Alegre: Mediação, 2010. CARVALHO, RositaEdler. Removendo as barreiras para a aprendizagem. Porto Alegre: Mediação, 2011. CACHAPUZ, A. et al. A necessária renovação do ensino das ciências. São Paulo, Cortez, 2005 CARVALHO, Anna M. Pessoa de; GIL-PÉREZ, Daniel. Formação de professores de ciências: tendências e inovações. Tradução de Sandra Valenzuela; Revisão de Anna M. Pessoa de Carvalho. 10.ed. São Paulo: Cortez, 2011. 127 p. (Coleção Questões da nossa época; v. 28). DELIZOICOV, D. Ensino de ciências: fundamentos e métodos. São Paulo, Cortez, 2011 DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 9. ed. rev. Campinas, SP: Autores Associados, 2011. 148 p., il. Bibliografia: p.138-148. Nova ortografia. GIROUX H. A. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

Nesse trabalho apresentamos e discutimos as bases teóricas do novo formato do estágio supervisionado do curso de licenciatura em física do CEFET/RJ campus Petrópolis. O curso tem dez anos de funcionamento e passou há cerca de três anos por uma reformulação curricular ampla resultado de um processo de auto avaliação e também visando se adequar a resolução 02/2015 do Conselho Nacional de Educação. O estágio supervisionado sempre foi um ponto nevrálgico do curso. A integração entre a teoria e a prática do futuro professor constituíram um paradigma a ser perseguido desde as diretrizes curriculares nacionais de 2002. No cerne dessa concepção está o paradigma do professor reflexivo (TARDIF, 2010) dentre outras visões. A despeito de o projeto pedagógico curricular estar em consonância com as visões presentes nos documentos oficiais, o formato tradicional das disciplinas de práticas I e II, responsáveis pela execução do estágio, não pareciam dar conta da formação reflexiva, integrada e crítica (GIROUX, 1997) almejada pela equipe docente atuante no curso. A necessidade da reforma curricular apresentou à equipe o desafio de pensar um estágio para além das questões burocráticas, que garantisse a integração entre o que se aprendia durantea licenciatura e o que acontece nas escolas básicas. Nesse sentido foi construída uma proposta de estágio temática.Para tanto, a equipe de docentes responsáveis pela reestruturação do projeto pedagógico do curso tomou como base a ideia de Pimenta & Lima (2005/06) que defendem Estágio "como um campo de conhecimento, o que significa atribuir-lhe um estatuto epistemológico que supera a tradicional redução à atividade prática instrumental" (p.6). Assim, na organização curricular do Curso, o Estágio integra o Eixo articulador Teoria e Prática, sendo realizado nas escolas de educação básica, respeitando o regime de colaboração entre as partes. Para tanto o estágio foi distribuído em disciplinas específicas, nomeadas de prática docente, entendendo de que a docência é uma atividade mais ampla que a atividade de ensino em si e que envolve outras dimensões. A primeira disciplina que contempla o estágio supervisionado é a Prática Docente I, que tem como pré-requisitos as disciplinas Oficina de Projetos de Ensino em Mecânica (uma disciplina de prática como componente curricular)e Didática. A ideia é que os alunos já tenham tido algum tipo de contato inicial com os fundamentos pedagógicos básicos para realizar seu primeiro contato com a escola básica. Após esta, todas as outras disciplinas de Prática Docente, isto é, de II a V, tem como pré-requisito a Prática Docente imediatamente anterior. 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