Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

EXPLORANDO O TEXTO DE SEQUÊNCIA ARGUMENTATIVA: O QUE A ESCOLA TEM PRIORIZADO

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Certamente, esta não é a única circunstância de uso do texto argumentativo e nem se trata do único gênero textual que aparece na referida prova, haja vista a gama de gêneros que lá são utilizados na interpretação de texto. Além do mais, a própria estrutura de texto argumentativo é mutável, considerando-se aí o estabelecimento da "tese", que particularmente o compõe. Esta, como parte integrante da referida sequência, pode vir explicitamente no primeiro parágrafo (como na prova do ENEM) ou de forma implícita/diluída no texto como um todo (em vários gêneros). Se a escola só dá conta da redação do ENEM, qual será mesmo o seu verdadeiro papel na abordagem sobre os gêneros textuais? Com o propósito de desenvolver uma experiência mais voltada para o uso social dos gêneros textuais explorados em classe, apresentamos estratégias cognitivas para o uso de texto argumentativo, de modo a contemplar os diferentes formatos de tese, a partir do que vem focalizado em Fávero & Koch (1985), Garcia (1986), Serafini (1987), Adam (2008; 2009), Moreira (s/d), Moreira (2009), Madi (2010) e Koch& Elias (2017). Nessa empreitada, orientamos que os estagiários em primeiro lugar procurassem, no mínimo, quatro gêneros textuais compostos da sequência argumentativa; em segundo, observassem qual a tese defendida em cada um dos gêneros, considerando que esta só é válida se tudo que for dito no decorrer do texto a ela se reportar; em terceiro, explicassem se cada tese situava-se dentro de um mesmo espaço típico no texto e justificassem a observação. Como resultado, os estagiários providenciaram uma variedade de gêneros textuais - crônica, artigo de opinião, poema, canção -, tendo a manifestação da tese em alguns de forma explícita, no primeiro parágrafo, e, em outros, de forma implícita, diluída ao longo do texto. Sendo assim, concluíram que somente com orientações para a realização da prova do ENEM o aluno enfrenta restrições para entender ou produzir texto de sequência argumentativa no seu cotidiano. Mostraram que nem sempre a tese aparece no início do texto, a exemplo do que no ENEM se cumpre. Pelo contrário, há toda uma liberdade do argumentador, em boa parte dos casos, de apresentar seu ponto de vista onde ele achar mais conveniente, desde que o disponha com o devido amparo. Para esta exposição, selecionamos trabalhos de cinco alunos, sendo quatro da licenciatura e um do Mestrado Profissionalizante em Letras, a fim de compor módulo didático sobre o conteúdo em apreço como uma proposta de intervenção em sala de aula, destinada a bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID - e mesmo para outros fins. O módulo é constituído basicamente de seis itens, quais sejam: 1.Fundamentação sobre o assunto em foco; 2.Objetivos; 3.Instruções para o professor; 4.Texto(s) a explorar; 5.Atividades de interpretação e/ou de produção textual; 6.Referências. Antes de preparar esse material, os bolsistas recebem orientação para o estudo do conteúdo da fundamentação, cumprem expedientes de estudo e depois, em reunião, submetem o referido material aos colegas, aos supervisores e ao coordenador da área de língua portuguesa. Finalmente, obedecendo ao calendário de atividade na escola, os bolsistas fazem aplicação do módulo com o acompanhamento de seu supervisor. Palavras-chave: argumentação; tese; gêneros textuais; estratégias de leitura. Referências ADAM, Jean-Michel. A linguística textual: introdução à análise textual dos discursos. São Paulo: Cortez, 2008. ______. Uma abordagem textual da argumentação. In: Bezerra et al.(Orgs.). Gêneros e sequências textuais. Recife: Edupe, 2009. GARCIA, Othon Moacir. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1986. KOCH, Ingedore G. Villaça; FÁVERO, Leonor Lopes. Contribuição a uma tipologia textual. In: LETRAS & LETRAS, V. 3, N.1. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia / Departamento de Letras, 1987. ______; ELIAS, Vanda Maria. Escrever e argumentar. São Paulo: Contexto, 2017. MADI, Sonia (coord.). Pontos de vista: caderno do professor: orientação para produção de textos. São Paulo: Cenpec, 2010. - (Coleção da Olimpíada). MOREIRA, Nadja da Costa Ribeiro. Ideia principal em textos expositivos. Fortaleza: UFC/DLV, s/d. MOREIRA, Maria Ednilza Oliveira. O processo de revisão da escrita: o que o docente privilegia no trabalho com o texto. Tese de doutorado. Fortaleza: UFC, 2009. SERAFINI, Maria Teresa. Como escrever textos. Rio de Janeiro: Globo, 1992. "
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Com o propósito de desenvolver uma experiência mais voltada para o uso social dos gêneros textuais explorados em classe, apresentamos estratégias cognitivas para o uso de texto argumentativo, de modo a contemplar os diferentes formatos de tese, a partir do que vem focalizado em Fávero & Koch (1985), Garcia (1986), Serafini (1987), Adam (2008; 2009), Moreira (s/d), Moreira (2009), Madi (2010) e Koch& Elias (2017). Nessa empreitada, orientamos que os estagiários em primeiro lugar procurassem, no mínimo, quatro gêneros textuais compostos da sequência argumentativa; em segundo, observassem qual a tese defendida em cada um dos gêneros, considerando que esta só é válida se tudo que for dito no decorrer do texto a ela se reportar; em terceiro, explicassem se cada tese situava-se dentro de um mesmo espaço típico no texto e justificassem a observação. 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Para esta exposição, selecionamos trabalhos de cinco alunos, sendo quatro da licenciatura e um do Mestrado Profissionalizante em Letras, a fim de compor módulo didático sobre o conteúdo em apreço como uma proposta de intervenção em sala de aula, destinada a bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID - e mesmo para outros fins. O módulo é constituído basicamente de seis itens, quais sejam: 1.Fundamentação sobre o assunto em foco; 2.Objetivos; 3.Instruções para o professor; 4.Texto(s) a explorar; 5.Atividades de interpretação e/ou de produção textual; 6.Referências. Antes de preparar esse material, os bolsistas recebem orientação para o estudo do conteúdo da fundamentação, cumprem expedientes de estudo e depois, em reunião, submetem o referido material aos colegas, aos supervisores e ao coordenador da área de língua portuguesa. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

EXPLORANDO O TEXTO DE SEQUÊNCIA ARGUMENTATIVA: O QUE A ESCOLA TEM PRIORIZADO Maria Ednilza Oliveira Moreira - ednilza@ufc.br - UFC Eixo temático: Processos de Ensino e aprendizagem - com ênfase na inovação tecnológica, metodológica e práticas docentes. Resumo O trabalho com a leitura ou a produção escrita de texto argumentativo, nas práticas de sala de aula, tem se revelado como uma grande preocupação para o ensino. Não faltam projetos com o intuito de facilitar tal abordagem, partindo ora das secretarias de educação, ora das coordenações pedagógicas ou do corpo docente das escolas. O que causa admiração, porém, é o investimento ocorrendo praticamente em função do Exame Nacional do Ensino Médio. Tanto é que, em experiência com alguns estagiários, na vivência de oficinas de leitura, quando indagados sobre gêneros de sequência discursiva argumentativa, o que lhes veio logo à tona foi o texto dissertativo-argumentativo para a prova do ENEM. Certamente, esta não é a única circunstância de uso do texto argumentativo e nem se trata do único gênero textual que aparece na referida prova, haja vista a gama de gêneros que lá são utilizados na interpretação de texto. Além do mais, a própria estrutura de texto argumentativo é mutável, considerando-se aí o estabelecimento da "tese", que particularmente o compõe. Esta, como parte integrante da referida sequência, pode vir explicitamente no primeiro parágrafo (como na prova do ENEM) ou de forma implícita/diluída no texto como um todo (em vários gêneros). Se a escola só dá conta da redação do ENEM, qual será mesmo o seu verdadeiro papel na abordagem sobre os gêneros textuais? 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Para esta exposição, selecionamos trabalhos de cinco alunos, sendo quatro da licenciatura e um do Mestrado Profissionalizante em Letras, a fim de compor módulo didático sobre o conteúdo em apreço como uma proposta de intervenção em sala de aula, destinada a bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID - e mesmo para outros fins. O módulo é constituído basicamente de seis itens, quais sejam: 1.Fundamentação sobre o assunto em foco; 2.Objetivos; 3.Instruções para o professor; 4.Texto(s) a explorar; 5.Atividades de interpretação e/ou de produção textual; 6.Referências. Antes de preparar esse material, os bolsistas recebem orientação para o estudo do conteúdo da fundamentação, cumprem expedientes de estudo e depois, em reunião, submetem o referido material aos colegas, aos supervisores e ao coordenador da área de língua portuguesa. Finalmente, obedecendo ao calendário de atividade na escola, os bolsistas fazem aplicação do módulo com o acompanhamento de seu supervisor. Palavras-chave: argumentação; tese; gêneros textuais; estratégias de leitura. Referências ADAM, Jean-Michel. A linguística textual: introdução à análise textual dos discursos. São Paulo: Cortez, 2008. ______. Uma abordagem textual da argumentação. In: Bezerra et al.(Orgs.). Gêneros e sequências textuais. Recife: Edupe, 2009. GARCIA, Othon Moacir. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1986. KOCH, Ingedore G. Villaça; FÁVERO, Leonor Lopes. Contribuição a uma tipologia textual. In: LETRAS & LETRAS, V. 3, N.1. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia / Departamento de Letras, 1987. ______; ELIAS, Vanda Maria. Escrever e argumentar. São Paulo: Contexto, 2017. MADI, Sonia (coord.). Pontos de vista: caderno do professor: orientação para produção de textos. São Paulo: Cenpec, 2010. - (Coleção da Olimpíada). MOREIRA, Nadja da Costa Ribeiro. Ideia principal em textos expositivos. Fortaleza: UFC/DLV, s/d. MOREIRA, Maria Ednilza Oliveira. O processo de revisão da escrita: o que o docente privilegia no trabalho com o texto. Tese de doutorado. Fortaleza: UFC, 2009. SERAFINI, Maria Teresa. Como escrever textos. Rio de Janeiro: Globo, 1992.

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