Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

DEMOCRATIZAÇÃO DO FAZER ARTÍSTICO: UMA EXPERIÊNCIA DE CONSTRUÇÃO DA VIVÊNCIA COM A ARTE ATRAVÉS DO ENSINO.

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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

Este trabalho parte da experiência de atuação na disciplina de Arte na Escola Estadual Professor Hilton Federici, em Campinas/SP, no Ensino Médio e no curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA) do período noturno, no âmbito do projeto PIBID Artes, que abrange os cursos de licenciatura em Artes Visuais, Dança e Música da Universidade Estadual de Campinas. Ao decorrer do projeto, percebemos a dificuldade de absorção dos saberes artísticos pelos alunos, pois há uma grande distância entre o ensino na escola e o real acesso à arte. Esta barreira se torna ainda mais forte no ambiente das escolas públicas, em que os alunos não possuem a vivência, normalmente restrita às elites socioeconômicas, do contato com a arte fora da escola e/ou não reconhecem os fazeres artísticos culturais presentes em seu cotidiano. Por isso, buscamos por práticas pedagógicas que possibilitassem a construção de uma aproximação entre os conceitos estudados na disciplina e o universo cultural de cada aluno, viabilizando a mediação entre a aprendizagem na escola e a apropriação da arte. Assim, fomos à procura de referenciais que nos auxiliassem na resolução dessa questão. Encontramos então, nas palavras de Pierre Bourdieu (2007), o conceito de capital cultural, a influência do patamar socioeconômico para a eficiência de sua transmissão e o papel que a escola cumpre para a permanência desse ciclo, a qual reforça essa relação de poder ao traduzir herança cultural em resultado escolar, mascarada pelo conceito de dom, e como o juízo professoral tem papel eficiente no aumento do abismo entre os alunos que têm a cultura legítima, das elites letradas, como cultura nativa e os que não a possui. Assim, com suporte nos conceitos e pesquisas de Bourdieu, faz-se necessária uma desconstrução pedagógica do professor para que essa estrutura, que aprofunda as desigualdades, não se reproduza, sendo também papel da escola, que possui grande poder de modificação desse cenário, tornar-se, segundo Strazzacappa, Schroeder e Schroeder (2007), uma possível mediadora entre o aluno e a arte através do ensino. Os autores apontam diversos fatores para que aquilo que eles consideram um dos principais objetivos da arte na educação básica se concretize, isto é, democratizar o acesso à cultura. E por último, dentre todas as contribuições de Paulo Freire (1921-1997) para a educação, optamos por elencar uma de suas importantes considerações sobre a prática docente: ensinar exige respeito aos saberes dos educandos (FREIRE, 1996). Quando falamos da arte como uma produção cultural, decidimos acolhê-la com toda sua pluralidade, seus contextos, espaços e tempos. Logo, faz-se necessário o cuidado do educador ao receber pessoas vindas das mais diversas realidades e permitir que elas coexistam igualmente dentro do ambiente escolar. Assim, baseados em nossas experiências pessoais e nos conceitos e questionamentos levantados por esses estudiosos, enumeramos quatro ações pela busca da democratização da arte: 1) a compreensão da arte como linguagem, ou seja, como modo de significar o mundo, estimulando os alunos a realizarem práticas que permitissem, através do fazer artístico, a apropriação de cada conhecimento estudado e que rejeitassem a ideia da arte como uma mera expressão espontaneísta de cada indivíduo; 2) consequentemente, a quebra do senso comum de "dom" ou "talento" como características primordiais para o desenvolvimento das práticas artísticas e para a definição de um "bom artista"; 3) o respeito e valorização dos saberes já trazidos pelo educando, aproximando os conteúdos da base curricular da realidade cultural do discente, permitindo assim, a ampliação do conceito de arte e o reconhecimento cultural por parte dos educandos; e 4) possibilitar o contato dos alunos com as atividades culturais que acontecem nas proximidades da localidade da escola, promovendo a vivência e apreciação da arte. Acreditamos que essas ações, não apenas realizadas de maneira circunstancial, mas tomadas como práticas regulares, possam colaborar com a construção de uma vivência permanente com a arte, sendo ela dentro e fora da sala de aula. Portanto, propomos neste trabalho a apresentação dos relatos sobre o desenvolvimento dessas ações e dos resultados parciais desta pesquisa que ainda está em andamento, iniciada no segundo semestre de 2018, fruto de nossa atuação no projeto PIBID.

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