Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

CONTRIBUIÇÕES E PREFERÊNCIAS DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE FÍSICA: O QUE DIZEM OS ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL?

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Considerando o acervo bibliográfico e a importância de práticas experimentais no ensino de Física, o estudo partiu do interesse em verificar duas formas, dentre as várias existentes, de se utilizar experimentos em sala de aula, sendo um antes e outro depois da explicação do conteúdo, e justifica-se frente à necessidade de utilização de experimentos significativos nas aulas de Física com o objetivo de auxiliar a prática docente e o entendimento discente. Para fundamentação teórica, utilizou-se o trabalho de Grasselli e Gardelli (2014), no qual os autores afirmam que os obstáculos encontrados por parte dos alunos na assimilação e entendimento do conteúdo da disciplina de Física são a dificuldade em relacionar conceitos físicos com fenômenos naturais vivenciados pelos educandos, ou seja, estabelecer vínculo entre a teoria e a prática, o que gera desinteresse que pode ser manifestado na aversão à disciplina. Vilaça (2012) corrobora ressaltando que cabe ao professor promover atividades experimentais onde seja almejada uma verdadeira aprendizagem e esta postura deve ser voltada não somente a práticas experimentais, mas deve ser almejada diariamente na prática docente. Araújo e Abib (2003) acrescentam que existe uma gama ampla de possibilidades de uso das atividades experimentais, que vão desde as atividades de verificação de modelos teóricos e de demonstração, geralmente associadas a uma abordagem tradicional de ensino, até a presença já significativa de formas relacionadas a uma visão construtivista de ensino, representadas por atividades de observação e experimentação de natureza investigativa. Dessa forma, o objetivo da pesquisa foi avaliar se as práticas experimentais realizadas foram significativas para o entendimento dos alunos e verificar suas concepções acerca de qual facilitou mais a aprendizagem. Para tanto, foi realizada uma pesquisa em uma escola de ensino fundamental na cidade de Sobral - CE, na qual foram ministradas uma aula sobre Eletricidade e outra sobre Magnetismo, nas quais os experimentos foram usados de forma diferente. Para coletar os dados, foram aplicados questionários aos alunos para verificar suas percepções acerca do objeto de pesquisa. Utilizou-se essa metodologia porque, segundo Gibbs (2009), a abordagem qualitativa depende muito da interpretação do que dizem os entrevistados e participantes. Quanto à utilização dos experimentos de eletricidade, a análise dos dados mostrou que todos os discentes afirmam que a utilização de experimentos contribuiu com os conteúdos ensinados. Os dados colaboram com Zanon e Freitas (2007), os quais consideram como aspecto essencial da vida escolar o contato com objetos, situações materiais, relações diretas com a natureza e com produtos tecnológicos, outras formas de mediação entram na composição do currículo escolar. Assim entendida, a atividade experimental objetiva aplicar a teoria na resolução de problemas e dar significado à aprendizagem da Ciência, aí se inclui a Física, constituindo-se como uma verdadeira atividade teórico-experimental. Já com relação à utilização de experimentos de magnetismo, 97% dos estudantes afirmam que contribuíram para o entendimento do conteúdo. Os dados corroboram a perspectiva de Araújo e Abib (2003) quando atestam que o uso de atividades experimentais como estratégia para o ensino de Física tem sido apontado por professores e alunos como uma das maneiras mais frutíferas de redimir as dificuldades da aprendizagem dos conceitos da disciplina de Física. Higa e Oliveira (2012, p. 77) defendem que as atividades de experimentação podem ser entendidas como estratégias de descoberta, as quais se apoiam "no modelo de aprendizagem que toma o estudante como um indivíduo capaz de reconstruir o conhecimento científico de forma individual e autônoma, através da interação com o meio". Através das concepções discentes sobre a contribuição das práticas realizadas, pôde-se observar que ambas foram realçadas pelos alunos, colaborando Vilaça (2012) que afirma que a diversificação das aulas de Física é muito importante, tanto para chamar a atenção dos alunos quanto para lhes mostrar as infinitas correlações existentes entre tais conteúdos com o nosso cotidiano ou mesmo para quebrar a rotina em sala de aula. Quando os alunos foram questionados sobre qual forma de utilização de experimentos foi mais eficaz para a aprendizagem, 88% dos estudantes afirmam que preferem as práticas experimentais depois da explicação. Percebeu-se que a utilização de experimentos demonstrativos é a que julgam mais facilitadora da aprendizagem. Segundo Azevedo et al. (2009), tais atividades buscam quase sempre mostrar a veracidade das teorias científicas ensinadas em sala de aula, numa postura realista verificacionista, de certa forma contrária às tendências atuais da pesquisa em ensino de física, as quais apontam para um modo de utilização do experimento mais consonante com uma postura realista crítica, tratando as teorias como modelos e os experimentos como instrumentos didáticos auxiliares no processo de problematização dos conteúdos em sala de aula. Palavras-chave: Práticas experimentais, ensino de Física, Eletricidade e Magnetismo Referências ARAÚJO, M. S. T.; ABIB, M. L. V. S. Atividades experimentais no ensino da física: diferentes enfoques, diferentes finalidades. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 25, n. 2, p. 176-194, 2003. AZEVEDO, H. L.; JÚNIOR, F. N. M.; SANTOS, T. P.; CARLOS, J. G.; TANCREDO, B. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

CONTRIBUIÇÕES E PREFERÊNCIAS DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE FÍSICA: O QUE DIZEM OS ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL? Eixo Temático: Processos de Ensino e aprendizagem Resumo Dentre as diversas metodologias e ferramentas que podem ser utilizadas pelos professores de Física para um aprendizado satisfatório, a prática de experimentações é amplamente discutida e apontada como um dispositivo que retém o interesse dos alunos, gerando o estímulo para a aprendizagem mediante a observação, análise, exploração, planejamento e o levantamento de hipóteses que possibilitam aos estudantes desenvolver suas habilidades, tornando-a mais significativa pelo estabelecimento de vínculos entre conceitos físicos e fenômenos naturais vivenciados. 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Vilaça (2012) corrobora ressaltando que cabe ao professor promover atividades experimentais onde seja almejada uma verdadeira aprendizagem e esta postura deve ser voltada não somente a práticas experimentais, mas deve ser almejada diariamente na prática docente. Araújo e Abib (2003) acrescentam que existe uma gama ampla de possibilidades de uso das atividades experimentais, que vão desde as atividades de verificação de modelos teóricos e de demonstração, geralmente associadas a uma abordagem tradicional de ensino, até a presença já significativa de formas relacionadas a uma visão construtivista de ensino, representadas por atividades de observação e experimentação de natureza investigativa. Dessa forma, o objetivo da pesquisa foi avaliar se as práticas experimentais realizadas foram significativas para o entendimento dos alunos e verificar suas concepções acerca de qual facilitou mais a aprendizagem. Para tanto, foi realizada uma pesquisa em uma escola de ensino fundamental na cidade de Sobral - CE, na qual foram ministradas uma aula sobre Eletricidade e outra sobre Magnetismo, nas quais os experimentos foram usados de forma diferente. Para coletar os dados, foram aplicados questionários aos alunos para verificar suas percepções acerca do objeto de pesquisa. Utilizou-se essa metodologia porque, segundo Gibbs (2009), a abordagem qualitativa depende muito da interpretação do que dizem os entrevistados e participantes. Quanto à utilização dos experimentos de eletricidade, a análise dos dados mostrou que todos os discentes afirmam que a utilização de experimentos contribuiu com os conteúdos ensinados. Os dados colaboram com Zanon e Freitas (2007), os quais consideram como aspecto essencial da vida escolar o contato com objetos, situações materiais, relações diretas com a natureza e com produtos tecnológicos, outras formas de mediação entram na composição do currículo escolar. 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