Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

SER E ESTAR PROFESSOR - PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA ALUNA DOCENTE

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O trabalho também intenciona a contribuição de troca de saberes entre os artistas-docentes, as suas expectativas e as possíveis realidades, obstáculos que podem surgir, a partir de artifícios inerentes a profissão, o relato é direcionado aos estudantes que se encontram na mesma situação acadêmica, com as suas reflexões diversas sobre a oportunidade de vivenciar a teoria e a prática. O curso de Licenciatura em Teatro disponibiliza ao todo três estágios preparatórios para a área pedagógica, Estágio I, que seria basicamente a observação em sala de aula, Estágio II que seria a observação em sala adicionada a um número determinado de aulas ministradas, e o Estágio III que seria o mais próximo de estar à frente de uma turma, com suas responsabilidades e afins. O relato atual se detém especificamente a cadeira do oitavo semestre, intitulada de Estágio III, na elaboração de aulas de Artes voltadas para o Teatro, sabendo que a disciplina Artes engloba no cenário de ensino atual: Artes Visuais, Teatro, Música e Dança. Com a divisão das turmas, de acordo com o número de estagiários se fez necessário existir parcerias de ministrações, planejadas para três classes diferentes, voltadas para os estudantes do ensino técnico do integrado do nível médio das turmas de Telecomunicações, Eletrotécnica e Mecânica, todos os cursos ofertados pelo próprio instituto federal, que além dessas opções, também disponibiliza as turmas de Química, Edificações e Informática aos estagiários de Artes Visuais. Ambos os dois cursos, Licenciatura em Teatro e Licenciatura em Artes visuais, são ofertados apenas no primeiro período aos alunos, no segundo período os seis cursos técnicos estudaram a matéria de Música. O interesse desenvolvido pelo tema partiu de relatos dos alunos sobre a disciplina de Artes, são estudantes advindos de escolas públicas e particulares espalhadas pela região da grande Fortaleza e a região metropolitana, examinados através de uma prova de admissão, trazendo consigo perguntas, e conceitos pré-estabelecidos sobre a disciplina, inúmeros "se", como por exemplo, se Artes é uma matéria que reprova, se as aulas são totalmente voltadas para a recreação e o divertimento, se é aplicado ao final da disciplina uma prova com questões avaliativas como as demais etc., despertando assim uma proposição de analisar e refletir como os estudantes do ensino técnico profissionalizante estão se deparando com as aulas de Teatro, tendo em vista que suas áreas especificas são voltadas prioritariamente para o raciocínio lógico, tendo como preferência a formação para o mercado de trabalho industrial, e tem como intuito também conhecer as suas percepções do que seria "Arte", suas visões anteriores a esse contato com a disciplina, buscando agregar as suas experiências prévias como pessoas e como discentes, para serem melhor exploradas durante o processo, sendo o fazer artístico um fazer processual e dialógico. Possui como metodologia uma pesquisa qualitativa de estudo bibliográfico, utilizando-se de observações participantes e não participantes realizadas durante as atividades em sala de aula da disciplina de Estágio III, com imagens de exercícios e trazendo questionamentos a partir das cenas propostas pelas três turmas em atividades no âmbito estudantil. Tem como o principal referencial teórico Ana Mae Barbosa (2008), um dos mais importantes nomes quando se menciona a educação no Brasil para o ensino de artes no campo educacional. A presente averiguação sustenta-se ainda nas ideias de Flávio Desgranges (2010) a respeito da educação a partir da cena teatral, além desses nomes, o relato traz como complemento artigos que se relacionam aos temas teatro e educação. Trata-se de uma pesquisa em conclusão, seus resultados ainda estão sendo apurados, mesmo com o processo ainda sobre avaliação, já se nota uma mudança significativa dos estudantes das turmas de técnico que estão vivenciando as aulas de Teatro, desde o primeiro dia de aula, alguns antes receosos e envergonhados, agora mais desinibidos e participativos, sempre curiosos em saber um pouco mais dos assuntos propostos em sala de aula. Tendo em vista que no momento inicial os seus olhares estavam voltados para o lado recreativo, do que seria "Artes", e um tanto sem interesse, para os mesmos, a disciplina seria como uma espécie de descanso para as demais matérias tidas como mais "urgentes", agora observa-se uma quebra de paradigma. Temas importantes foram abordados nos exercícios de improvisação, como o bullying, a violência, o feminicídio, as questões de gênero e o suicídio, é interessante ressaltar que esses temas foram escolhidos pelos próprios colegiais, evidenciando assim a necessidade dos estudantes de se expressarem e de sobretudo não silenciarem diante dos assuntos atuais que muitas vezes os perpassam. Palavras-chave: teatro, formação de professores, IFCE Referências BARBOSA, Ana Mae. Arte-educação no Brasil. 5 ed. São Paulo: Perspectiva, 2008. __________. John Dewey e o ensino da arte no Brasil. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2008. DESGRANGES, Flávio. A pedagogia do teatro: provocações e dialogismo. Editora São Paulo: Hucitec. 2010. LOPES MARTINS, Guaraci da Silva. ROSSETO, Robson. A construção das identificações de gênero: o fazer e o apreciar pelo ensino de teatro. Lamparina - Revista de Ensino de Teatro. Minas Gerais, v. 01, n° 02, p. 66-71, 2011. Site docplayer. PASSOS, Carmensita Matos Braga. Trabalho docente: características e especificidades. Disponível em: . Acesso em 22 de set. de 2018. Site secult. Governo do Estado do Ceará - Secretaria da cultura - Theatro José de Alencar. Disponível em: < http://www.secult.ce.gov.br/index.php/programacao/teatro-jose-de-alencar>. Acesso em 24 de set. de 2018."
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O trabalho também intenciona a contribuição de troca de saberes entre os artistas-docentes, as suas expectativas e as possíveis realidades, obstáculos que podem surgir, a partir de artifícios inerentes a profissão, o relato é direcionado aos estudantes que se encontram na mesma situação acadêmica, com as suas reflexões diversas sobre a oportunidade de vivenciar a teoria e a prática. O curso de Licenciatura em Teatro disponibiliza ao todo três estágios preparatórios para a área pedagógica, Estágio I, que seria basicamente a observação em sala de aula, Estágio II que seria a observação em sala adicionada a um número determinado de aulas ministradas, e o Estágio III que seria o mais próximo de estar à frente de uma turma, com suas responsabilidades e afins. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

SER E ESTAR PROFESSOR - PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA ALUNA DOCENTE Rafaele Ferreira da Silva / rafaelleferreira05@gmail.com / IFCE Eixo Temático 8: Formação inicial e continuada de professores - com ênfase na análise de experiência, programas e políticas. Resumo O presente trabalho tem o objetivo de relatar a primeira experiência como docente da então autora graduanda do curso de Licenciatura em Teatro do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) campus Fortaleza, partindo de suas vivências, seus questionamentos, apontamentos e impressões sobre as disciplinas de estágio supervisionado, e sobretudo no intuito de compreender os possíveis benefícios da disciplina de Artes para os estudantes do curso técnico integrado profissionalizante do instituto federal do Ceará. O trabalho também intenciona a contribuição de troca de saberes entre os artistas-docentes, as suas expectativas e as possíveis realidades, obstáculos que podem surgir, a partir de artifícios inerentes a profissão, o relato é direcionado aos estudantes que se encontram na mesma situação acadêmica, com as suas reflexões diversas sobre a oportunidade de vivenciar a teoria e a prática. O curso de Licenciatura em Teatro disponibiliza ao todo três estágios preparatórios para a área pedagógica, Estágio I, que seria basicamente a observação em sala de aula, Estágio II que seria a observação em sala adicionada a um número determinado de aulas ministradas, e o Estágio III que seria o mais próximo de estar à frente de uma turma, com suas responsabilidades e afins. O relato atual se detém especificamente a cadeira do oitavo semestre, intitulada de Estágio III, na elaboração de aulas de Artes voltadas para o Teatro, sabendo que a disciplina Artes engloba no cenário de ensino atual: Artes Visuais, Teatro, Música e Dança. Com a divisão das turmas, de acordo com o número de estagiários se fez necessário existir parcerias de ministrações, planejadas para três classes diferentes, voltadas para os estudantes do ensino técnico do integrado do nível médio das turmas de Telecomunicações, Eletrotécnica e Mecânica, todos os cursos ofertados pelo próprio instituto federal, que além dessas opções, também disponibiliza as turmas de Química, Edificações e Informática aos estagiários de Artes Visuais. Ambos os dois cursos, Licenciatura em Teatro e Licenciatura em Artes visuais, são ofertados apenas no primeiro período aos alunos, no segundo período os seis cursos técnicos estudaram a matéria de Música. O interesse desenvolvido pelo tema partiu de relatos dos alunos sobre a disciplina de Artes, são estudantes advindos de escolas públicas e particulares espalhadas pela região da grande Fortaleza e a região metropolitana, examinados através de uma prova de admissão, trazendo consigo perguntas, e conceitos pré-estabelecidos sobre a disciplina, inúmeros "se", como por exemplo, se Artes é uma matéria que reprova, se as aulas são totalmente voltadas para a recreação e o divertimento, se é aplicado ao final da disciplina uma prova com questões avaliativas como as demais etc., despertando assim uma proposição de analisar e refletir como os estudantes do ensino técnico profissionalizante estão se deparando com as aulas de Teatro, tendo em vista que suas áreas especificas são voltadas prioritariamente para o raciocínio lógico, tendo como preferência a formação para o mercado de trabalho industrial, e tem como intuito também conhecer as suas percepções do que seria "Arte", suas visões anteriores a esse contato com a disciplina, buscando agregar as suas experiências prévias como pessoas e como discentes, para serem melhor exploradas durante o processo, sendo o fazer artístico um fazer processual e dialógico. 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