Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

O PRECONCEITO NAS DIFERENTES VISÕES DOS MEMBROS DA UNIDADE ESCOLAR PROFESSORA HELENA CARVALHO

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Esse trabalho tem uma justificativa tanto para fins acadêmicos, quanto para a base em outros trabalhos sobre a mesma linha temática. Muitos pensadores e autores possuem suas concepções a respeito sobre a palavra preconceito, Vygotsky faz uma diferenciação entre o sentido e o significado da palavra, "o sentido de uma palavra é a soma de todos os eventos psicológicos que a palavra desperta em nossa consciência (...). O significado é apenas uma das zonas do sentido, a mais estável e precisa" (VYGOTSKY 1993, p. 125). Segundo o Allport (1954, p. 22), o preconceito "é uma atitude hostil ou preventiva a uma pessoa que pertence a um grupo, simplesmente porque pertence a esse grupo, supondo-se, portanto, que possui as características contestáveis atribuídas a esse grupo". A sociedade brasileira, desde a sua formação, é constituída por uma diversidade étnica e cultural, a qual deve ser contemplada no espaço escolar, para que se reconheça a pluralidade das vivências dos diferentes grupos sociais da comunidade onde a escola está inserida. No processo educacional, surgem divergências na relação escola e sociedade que acabam interferindo no processo educacional. Essas divergências se manifestam nas atitudes e condutas que predispõem a maneira de o indivíduo atuar, pensar e perceber, de modo coerente, com seu juízo favorável (ou, mais frequentemente, desfavorável), outra pessoa ou objeto. É o preconceito, assumido como um julgamento sobre pessoas, estruturas sociais e objetos, fundado sobre bases insuficientes de experiência e, em geral, caracterizado por um componente emocional que, na maioria das vezes, é negativo. A nossa motivação para a construção desse trabalho, foi a busca por novas linhas temáticas de pesquisa, utilizando a temática do preconceito no ambiente escolar por sua vasta abrangência bem como o seu fator interdisciplinar. Todos os seis participantes entrevistados são vinculados a Unidade Escolar Professora Helena Carvalho, localizada no bairro Memorario, zona norte de Teresina, sendo duas professoras, dois alunos do 6° ano do fundamental II, uma administradora financeira, e um agente de portaria. A escolha da escola se deu pelo conhecimento prévio de se seu corpo docente e administrativo, durante o período de estágio supervisionado vinculado a disciplina de Estágio Supervisionado II, pelo curso de Licenciatura Plena em Ciências da Natureza, pela Universidade Federal do Piauí. A coleta dos dados foi realizada no dia 13 de novembro de 2017 durante o turno da manhã, com duração de três horas aproximadamente. Os entrevistados foram submetidos a um mesmo questionário, composto por nove questões e de caráter subjetivo, no qual, os mesmos poderiam expressar suas respostas para cada questão de forma negativa ou positiva, havendo espaço adicional para complemento de suas ideias. Através do levantamento dos dados obtivemos os seguintes resultados: de que os entrevistados conhecem uma pequena variedade de preconceitos, demostrando o pouco conhecimento a respeito deste tema, enfatizando assim a necessidade de uma intervenção para que esta questão seja melhor aborda. Sendo os mais citados: o racial citado por 5 vezes, o estético por 4 vezes e o de gênero por 3 vezes, sendo os preconceitos de caráter religioso ou por classe social, citados apenas uma 1 cada vez. Em relação as formas da qual a escola pode se posicionar em relação ao preconceito, foi indagado que a discussão com alunos em sala de aula ou por meio de intervenções da instituição feitas através de palestras, feiras, mesas redondas que tenha esta temática em pauta. Segundo os entrevistados, a temática deve ser debatida em sala aula em caráter interdisciplinar, levando em consideração que o preconceito abrange os mais diversos campos do conhecimento social. Foi indagado ainda uma questão bem peculiar, se a família pode reprimir ou induzir o aluno a reproduzir algum tipo de preconceito no âmbito escolar, notamos que este questionamento levou aos entrevistados a dar uma resposta quase que unanime, no qual a família é instituição base para a formação de caráter social e pensamento crítico, logo havendo déficit nesta área da orientação social, a criança irá reproduzir o que lhe foi passado em casa como um estereótipo e até mesmo a prática do preconceito. Com base nos resultados de nossa pesquisa, concluímos que o tema preconceito, ainda é pouco explorado no âmbito escolar. Tendo em vista que os entrevistados possuem ideias que podem ser aplicadas ao decorrer do ano letivo, para remediar tal questão. Constatamos ainda que o convívio familiar e entre amigos pode fazer com que o aluno crie uma consciência moral para que o mesmo, não exerça tais atitudes preconceituosas, fazendo-o assim, um cidadão mais complacente com o próximo. Palavras-chave: Preconceito, Escola, Docência, interdisciplinaridade. Referências VYGOTSKY, L. S. (1993). Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins. ALLPORT, G. The nature of prejudice. Cambridge: Addison-Wesley, 1954. TONOLE. Delza; SILVERIO. Mercedes. O papel da escola na superação do preconceito na sociedade brasileira. Revista Educação e tecnologia, São Paulo, edição 2, p. 2, 2006"
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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

O PRECONCEITO NAS DIFERENTES VISÕES DOS MEMBROS DA UNIDADE ESCOLAR PROFESSORA HELENA CARVALHO Washington Luís de Sousa e Silva Filho1 / washsilva10@gmail.com /UFPI Adriano Moura Parente2/UFPI Victor Hugo Gonçalves Silva3/UFPI Sabraque da Cunha Vitorio de Sousa 4/UFPI Jared Frota Mendoça5/UFPI Leonardo Vitor de Farias Leão6/UFPI Eixo Temático: Cidadania, Direitos Humanos e Interculturalidade - com ênfase na educação em direitos humanos, na superação da violência e da indisciplina nas escolas, em suas diferentes formas de manifestação. Resumo O referido trabalho é resultado de observações e levantamento de dados realizadas durante o Estágio supervisionado II do curso de licenciatura em ciências da natureza na unidade escolar Helena Carvalho e tem como temática o preconceito nas escolas, tendo como embasamento a visão de membros da administração da escola, agente de portaria, professoras e alunos. Esse trabalho tem uma justificativa tanto para fins acadêmicos, quanto para a base em outros trabalhos sobre a mesma linha temática. Muitos pensadores e autores possuem suas concepções a respeito sobre a palavra preconceito, Vygotsky faz uma diferenciação entre o sentido e o significado da palavra, "o sentido de uma palavra é a soma de todos os eventos psicológicos que a palavra desperta em nossa consciência (...). O significado é apenas uma das zonas do sentido, a mais estável e precisa" (VYGOTSKY 1993, p. 125). Segundo o Allport (1954, p. 22), o preconceito "é uma atitude hostil ou preventiva a uma pessoa que pertence a um grupo, simplesmente porque pertence a esse grupo, supondo-se, portanto, que possui as características contestáveis atribuídas a esse grupo". A sociedade brasileira, desde a sua formação, é constituída por uma diversidade étnica e cultural, a qual deve ser contemplada no espaço escolar, para que se reconheça a pluralidade das vivências dos diferentes grupos sociais da comunidade onde a escola está inserida. No processo educacional, surgem divergências na relação escola e sociedade que acabam interferindo no processo educacional. Essas divergências se manifestam nas atitudes e condutas que predispõem a maneira de o indivíduo atuar, pensar e perceber, de modo coerente, com seu juízo favorável (ou, mais frequentemente, desfavorável), outra pessoa ou objeto. É o preconceito, assumido como um julgamento sobre pessoas, estruturas sociais e objetos, fundado sobre bases insuficientes de experiência e, em geral, caracterizado por um componente emocional que, na maioria das vezes, é negativo. A nossa motivação para a construção desse trabalho, foi a busca por novas linhas temáticas de pesquisa, utilizando a temática do preconceito no ambiente escolar por sua vasta abrangência bem como o seu fator interdisciplinar. Todos os seis participantes entrevistados são vinculados a Unidade Escolar Professora Helena Carvalho, localizada no bairro Memorario, zona norte de Teresina, sendo duas professoras, dois alunos do 6° ano do fundamental II, uma administradora financeira, e um agente de portaria. A escolha da escola se deu pelo conhecimento prévio de se seu corpo docente e administrativo, durante o período de estágio supervisionado vinculado a disciplina de Estágio Supervisionado II, pelo curso de Licenciatura Plena em Ciências da Natureza, pela Universidade Federal do Piauí. A coleta dos dados foi realizada no dia 13 de novembro de 2017 durante o turno da manhã, com duração de três horas aproximadamente. Os entrevistados foram submetidos a um mesmo questionário, composto por nove questões e de caráter subjetivo, no qual, os mesmos poderiam expressar suas respostas para cada questão de forma negativa ou positiva, havendo espaço adicional para complemento de suas ideias. Através do levantamento dos dados obtivemos os seguintes resultados: de que os entrevistados conhecem uma pequena variedade de preconceitos, demostrando o pouco conhecimento a respeito deste tema, enfatizando assim a necessidade de uma intervenção para que esta questão seja melhor aborda. Sendo os mais citados: o racial citado por 5 vezes, o estético por 4 vezes e o de gênero por 3 vezes, sendo os preconceitos de caráter religioso ou por classe social, citados apenas uma 1 cada vez. 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