Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

CONTRADIÇÕES QUE APARECEM ENTRE A FORMULAÇÃO E A CONCRETIZAÇÃO DO PARFOR-UEFS-EDUCAÇÃO FÍSICA

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Após a leitura elencamos nossas categorias de análise que foram: abordagem pedagógica, trato teórico-metodológico, organização dos conteúdos, concepção de formação e, por fim, contradições entre formulação e concretização PARFOR-EF-UEFS que salientamos nesse trabalho. Enquanto analisávamos o PPP e as entrevistas realizadas, entre outros documentos, nos dávamos conta de algumas contradições presentes entre o processo de criação e conclusão do projeto de curso e o que de fato se conseguiu concretizar no campo da prática. A primeira contradição que queremos apontar é a incoerência entre o objetivo geral e a organização dos conteúdos presentes no PPP-EF-PARFOR-UEFS. Segundo os objetivos que aparecem no Projeto Político Pedagógico a prioridade do curso é a formação de professores. No entanto, o que encontramos na sistematização de conteúdos abre margem para atuação dos graduandos em outras áreas como clubes, hotéis, clínicas, academias, entre outros. Ora, se o curso é para capacitar professores até então sem formação coerente com sua atuação na educação básica pública, por que os professores-alunos devem estar aptos para atuarem em outros campos de atuação? Ao refletir sobre essa questão compreendemos que a licenciatura em educação física através do PARFOR-UEFS pode ter um efeito inverso ao da melhoria da qualidade da educação brasileira e se tornar até um fator para o esvaziamento de professores de Educação Física da unidade escolar. Souza (2014) em seu estudo sobre o PARFOR-EF-UNEB relatou a "fuga" do ambiente escolar. À medida que os professores vêem em outros campos de atuação a possibilidade até de valorização profissional e de alternativa extra para melhorias no aspecto financeiro, este elemento pode significar sim, um escape para tais professores. O subterfúgio dos professores da educação básica para setores mais ligados à área da saúde se expressa também na inserção dos conteúdos biológicos em contraposição aos pedagógicos na construção dos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC). O curso apresenta uma estrutura em que os eixos temáticos pedagógicos superam os biológicos. Mesmo porque o Parecer CNE/CES Nº. 197 de 7 de julho de 2004 discorre sobre um quinto da carga horária para os componentes dos conhecimentos pedagógicos em cursos de licenciatura.Constatamos no PPP que o mesmo se adequa ao parecer supracitado. No entanto, dos onze TCC realizados pelos professores-alunos PARFOR-UEFS-EDUCAÇÃO FÍSICA, cinco se relacionam aos aspectos biológicos da disciplina. Ainda a respeito do TCC podemos afirmar outra contradição relacionada à maneira como estes foram construídos. O PPP do curso coloca que cada TCC seria confeccionado, no máximo, por dois alunos. Porém, na realidade a construção do TCC foi feita em grupos até de quatro pessoas. O que do nosso ponto de vista dificulta uma avaliação do desenvolvimento efetivo desses sujeitos enquanto pesquisadores. Relatamos a seguir algumas dificuldades para que os professores realizassem o TCC. Parte dos professores-alunos do PARFOR-EF-UEFS tinha vínculo com a rede municipal de educação das cidades onde trabalhavam e não recebiam auxílio financeiro para se manter no curso, nem podiam se afastar do cargo para estudar. Plank (2001) destaca que é mais importante a garantia dos meios para que as políticas públicas se efetivem do que a sua elaboração em si. Do ponto de vista das condições de permanência dos professores-alunos na universidade, a realidade era precária. Inclusive na falta de tempo dos professores para desempenhar suas atividades acadêmicas, dentre essas, o TCC. Somado a isso a dificuldade de anos fora de estudos acadêmicos também. Além das dificuldades enfrentadas pelos professores, havia também as dificuldades da própria universidade quanto à infra-estrutura: "a gente sofreu muito tempo com a falta de infra-estrutura" (ENTREVISTADO 1, p. 3). O mesmo dado se repete na fala do sujeito 3: "... - surgiram problemas em relação a ter um espaço físico, uma sala disponível para as aulas do curso (ENTREVISTADO 3, p. 1). O PPP registra a necessidade de construção da sala de práticas corporais (LABOCORPO), mas, apesar dessa proposta, esta não foi construída. Com o fim de não apenas elencar os problemas, ressaltamos a importância que o PARFOR tem enquanto programa que visa possibilitar a formação adequada à área de atuação dos professores em exercício da profissão. Sendo assim, apesar de todas e das muitas dificuldades, os alunos, professores e todos envolvidos puderam compartilhar de um momento de conquista que aconteceu no dia dezesseis de abril de dois mil e quinze no Auditório Central da UEFS que foi a colação de grau da turma. O curso foi concluído com um índice de evasão de cerca de 10,5%, porém desconhecemos os motivos para tal na realidade do PARFOR-EF-UEFS, já que não tivemos contatos com os indivíduos desistentes, porém de acordo com as referências aqui estudadas, alguns dos principais fatores determinantes no processo de permanência ou não dos professores da educação básica em cursos de formação são: inexistência de apoio aos docentes, falta de colaboração entre as unidades da federação e distância existente entre os discursos que acompanham as políticas públicas de formação docente e a realidade concreta onde os professores atuam (BRASÍLIA, 2013; AVANCINI, 2011). REFERÊNCIAS AVANCINI, M. Fracasso de público. In Revista Educação, agosto/2011. Disponível em http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/169/fracasso-de-publico-234946-1.asp. Acessado em 03/07/2014 BARDIN, L. Análise de Conteúdo. 4ª Ed. revisada e atualizada. Lisboa/Portugal: Geográfica, 2009. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: lei n. 9394/96. Brasília: MEC, 1996. BRASÍLIA, 2013. RELATÓRIO DE GESTÃO PARFOR. DISPONÍVEL EM http://www.capes.gov.br/images/stories/download/bolsas/1892014-relatorio-PARFOR.pdf ACESSADO EM 15/07/2015. OLIVEIRA, R.; SANTANA, W. Educação e Federalismo no Brasil:combater as desigualdades, garantir a diversidade. Brasília: UNESCO, 2010. PLANK, David N. Política educacional no Brasil: caminhos para a salvação pública. Porto Alegre: Artmed, 2001. SOUSA, I. S. A formação de professores em educação física no Plano Nacional de Formação de Professores da educação básica - PARFOR/UNEB: realidade, tensões e contradições. 2014. 156 f. Dissertação (Mestrado em Educação, Sociedade e Culturas) - Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, 2014. SOUZA, C. Federalismo, desenho constitucional e instituições federativas no Brasil pós 1988 in Rev. Sociol. Polít., Curitiba, 24, p. 105-121, jun. 2005. UEFS. Projeto Político Pedagógico de Educação Física - Licenciatura, PARFOR-UEFS. Feira de Santana, 2010."
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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

Esse texto é oriundo de uma dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Estadual de Feira de Santana (PPGE-UEFS) e objetiva discutir contradições que apareceram entre a formulação e a concretização do PARFOR-UEFS-EDUCAÇÃO FÍSICA. Diante disso, salientamos a necessidade de se repensar as estratégias das políticas públicas para formação de professores em serviço no Brasil. Trata-se de um estudo de caso de natureza exploratória, que tem na análise do Projeto Político Pedagógico (PPP) do curso de Licenciatura em Educação Física PARFOR da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e nas entrevistas com os gestores, seus principais elementos de coleta de dados. Estes, por sua vez, foram analisados segundo método Análise de Conteúdo (BARDIN, 2009). 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Ora, se o curso é para capacitar professores até então sem formação coerente com sua atuação na educação básica pública, por que os professores-alunos devem estar aptos para atuarem em outros campos de atuação? Ao refletir sobre essa questão compreendemos que a licenciatura em educação física através do PARFOR-UEFS pode ter um efeito inverso ao da melhoria da qualidade da educação brasileira e se tornar até um fator para o esvaziamento de professores de Educação Física da unidade escolar. Souza (2014) em seu estudo sobre o PARFOR-EF-UNEB relatou a "fuga" do ambiente escolar. À medida que os professores vêem em outros campos de atuação a possibilidade até de valorização profissional e de alternativa extra para melhorias no aspecto financeiro, este elemento pode significar sim, um escape para tais professores. 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