Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

A SUBSTANCIALIDADE DO PIBID PARA A FORMAÇÃO DOCENTE E SUAS REPERCUSSÕES NA (RE)ELABORAÇÃO DE METODOLOGIAS DE ENSINO DE MATEMÁTICA

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O levantamento de tais ações foi realizado a partir de dados disponíveis no blog PIBID IFCE campus Cedro, considerando-se os registros de 2014 a 2017 e priorizando-se as metodologias inovadoras, norteadas pelos princípios da Educação Matemática, como por exemplo, as propostas de aulas mediante a resolução de problemas, utilização de jogos e uso de softwares educativos. Após relacionar as estratégias de ensino em uma planilha do Excel, foi possível observar as principais recorrências metodológicas, evidenciando abordagens de ensino de diferentes conteúdos programáticos. Posteriormente, o material foi analisado e discutido, buscando enfatizar a importância do Programa para a formação docente, no que tange, especialmente, a aspectos do fazer pedagógico, da oportunidade de (re)pensar procedimentos metodológicos desenvolvidos nas aulas de Matemática e os desafios e possibilidades presentes no processo de construção do saber matemático. O referido estudo justifica-se pela necessidade de se discutir sobre a viabilidade de (re)elaboração do ensino de matemática, uma vez que os alunos demonstram resistência quanto ao seu aprendizado e a prática de ensino traduz-se, predominantemente, com enfoque tradicional. Neste contexto, acredita-se que para ensinar com significado na escola, local onde o contexto social pode se configurar como objeto de estudo e reflexão, o professor precisa estar atento as diferentes maneiras que as pessoas manifestam a utilização da Matemática nas experiências cotidianas, explicitando o que é o conhecimento matemático, suas características, relações multi/interdisciplinares e sua aplicabilidade no contexto sócio histórico em que os sujeitos se encontram situados. De acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - PISA (2015), os resultados da avaliação de Matemática apontam que os estudantes brasileiros têm mais facilidade em lidar com a matemática que está presente no seu cotidiano, o que aponta a necessidade de trabalhar conteúdos vivos, buscando aproximá-los dos discentes, negando assim, a cultura de uma ciência exata, exclusiva para os gênios. Martins (2009, p. 2728) indica que, para haver mudança no ensino de Matemática "é preciso envolver as crianças em aprendizagens significativas; criar actividades que permitam o desenvolvimento do raciocínio e da discussão e por último recorrer aos materiais manipuláveis e tecnológicos". Considera-se que essa aprendizagem significativa possa estender-se também aos jovens e demais públicos atendidos pelas escolas, independentemente do nível de ensino em que se encontram. Ressalta-se ainda, mediante esse anseio de mudança, a importância do professor como mediador do conhecimento, salientando a relevância de uma formação que o prepare para o exercício da profissão. O PIBID, dessa forma, apresenta um novo olhar para as licenciaturas, quando expressa a necessidade de inserção dos licenciandos no seu futuro ambiente de atuação, possibilitando que esses criem, reflitam, interajam e construam sua identidade profissional, partindo de experiências vivas dentro das escolas de educação básica. Vale destacar, a oportunidade de repensar as práticas de ensino, haja vista que podem estabelecer maior interação com os alunos, compreendendo suas dificuldades e potencialidades (FELÍCIO, 2014; RAUSCH; FRANTZ, 2013). A partir do levantamento, análise e discussão das atividades desenvolvidas pelos bolsistas, observou-se uma predominância da utilização de jogos como estratégia de ensino. Percebeu-se também, a preocupação em estabelecer uma melhor relação entre os alunos participantes do Programa, os bolsistas de iniciação científica e professores supervisores. Assim, a opção em trabalhar partindo do contexto do aluno com auxílio de elementos lúdicos, parece apontar para (re)construir não só a relação dos estudantes com a Matemática, mas também com o professor de matemática, por meio de aulas que incentivam a participação, a construção do conhecimento, a comunicação e, além disso, a diversão e o prazer em aprender de maneira leve, porém, não menos eficiente. Referências Brasil no PISA 2015: análises e reflexões sobre o desempenho dos estudantes brasileiros / OCDE-Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. - São Paulo: Fundação Santillana, 2016. Disponível em: http://download.inep.gov.br/acoes_internacionais /pisa/resultados/2015/pisa2015_completo_final_baixa.pdf. Acesso em: 21 ago. 2018. FELÍCIO, H. M. S. O PIBID como "terceiro espaço" de formação inicial de professores. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, vol. 14, nº 42, p. 415-434, 2014. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/index.php/dialogoeducacional/ article/view/6587/6488. Acesso em: 12 ago. 2018. Martins, Z. As TIC no ensino-aprendizagem da matemática. Atas do X Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia. Vol.1, Braga: Universidade do Minho, pp. 2727-2742, 2009. Disponível em: http://www.Educacion.Udc.es/grupos/gipdae/ documentos/congreso/xcongreso/pdfs/t7/t7c200.pdf. Acesso em: 23 mai. 2018. RAUSCH, R. B. FRANTZ, M. J. Contribuições do PIBID à formação inicial de professores na compreensão de licenciandos bolsistas. Atos de Pesquisa em Educação, vol. 8, nº. 2, p.620-641, 2013. Disponível em: http://gorila.furb.br/ojs/index.Php/atosdepesquisa/article/view/38 25/2425. Acesso em: 12 ago. 2018."
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Percebeu-se também, a preocupação em estabelecer uma melhor relação entre os alunos participantes do Programa, os bolsistas de iniciação científica e professores supervisores. Assim, a opção em trabalhar partindo do contexto do aluno com auxílio de elementos lúdicos, parece apontar para (re)construir não só a relação dos estudantes com a Matemática, mas também com o professor de matemática, por meio de aulas que incentivam a participação, a construção do conhecimento, a comunicação e, além disso, a diversão e o prazer em aprender de maneira leve, porém, não menos eficiente. Referências Brasil no PISA 2015: análises e reflexões sobre o desempenho dos estudantes brasileiros / OCDE-Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. - São Paulo: Fundação Santillana, 2016. Disponível em: http://download.inep.gov.br/acoes_internacionais /pisa/resultados/2015/pisa2015_completo_final_baixa.pdf. Acesso em: 21 ago. 2018. FELÍCIO, H. M. S. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

O presente trabalho constitui-se na terceira etapa de um Projeto de Iniciação Científica, pertencente ao Programa Estudante Voluntário em Iniciação Científica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) campus Cedro e tem como objetivo principal, identificar estratégias de ensino desenvolvidas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), capazes de potencializar o processo de ensino-aprendizagem de Matemática, bem como compreender a relevância do projeto para a formação do licenciando, na perspectiva de despertar, no futuro professor, reflexões sobre sua práxis em sala de aula. Para tanto, foi realizado um mapeamento das práticas de ensino elaboradas e empregadas por bolsistas do PIBID/ Subprojeto Matemática do IFCE campus Cedro, nas escolas onde desenvolveram as atividades do subprojeto. O levantamento de tais ações foi realizado a partir de dados disponíveis no blog PIBID IFCE campus Cedro, considerando-se os registros de 2014 a 2017 e priorizando-se as metodologias inovadoras, norteadas pelos princípios da Educação Matemática, como por exemplo, as propostas de aulas mediante a resolução de problemas, utilização de jogos e uso de softwares educativos. Após relacionar as estratégias de ensino em uma planilha do Excel, foi possível observar as principais recorrências metodológicas, evidenciando abordagens de ensino de diferentes conteúdos programáticos. Posteriormente, o material foi analisado e discutido, buscando enfatizar a importância do Programa para a formação docente, no que tange, especialmente, a aspectos do fazer pedagógico, da oportunidade de (re)pensar procedimentos metodológicos desenvolvidos nas aulas de Matemática e os desafios e possibilidades presentes no processo de construção do saber matemático. O referido estudo justifica-se pela necessidade de se discutir sobre a viabilidade de (re)elaboração do ensino de matemática, uma vez que os alunos demonstram resistência quanto ao seu aprendizado e a prática de ensino traduz-se, predominantemente, com enfoque tradicional. Neste contexto, acredita-se que para ensinar com significado na escola, local onde o contexto social pode se configurar como objeto de estudo e reflexão, o professor precisa estar atento as diferentes maneiras que as pessoas manifestam a utilização da Matemática nas experiências cotidianas, explicitando o que é o conhecimento matemático, suas características, relações multi/interdisciplinares e sua aplicabilidade no contexto sócio histórico em que os sujeitos se encontram situados. De acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - PISA (2015), os resultados da avaliação de Matemática apontam que os estudantes brasileiros têm mais facilidade em lidar com a matemática que está presente no seu cotidiano, o que aponta a necessidade de trabalhar conteúdos vivos, buscando aproximá-los dos discentes, negando assim, a cultura de uma ciência exata, exclusiva para os gênios. Martins (2009, p. 2728) indica que, para haver mudança no ensino de Matemática "é preciso envolver as crianças em aprendizagens significativas; criar actividades que permitam o desenvolvimento do raciocínio e da discussão e por último recorrer aos materiais manipuláveis e tecnológicos". Considera-se que essa aprendizagem significativa possa estender-se também aos jovens e demais públicos atendidos pelas escolas, independentemente do nível de ensino em que se encontram. Ressalta-se ainda, mediante esse anseio de mudança, a importância do professor como mediador do conhecimento, salientando a relevância de uma formação que o prepare para o exercício da profissão. O PIBID, dessa forma, apresenta um novo olhar para as licenciaturas, quando expressa a necessidade de inserção dos licenciandos no seu futuro ambiente de atuação, possibilitando que esses criem, reflitam, interajam e construam sua identidade profissional, partindo de experiências vivas dentro das escolas de educação básica. Vale destacar, a oportunidade de repensar as práticas de ensino, haja vista que podem estabelecer maior interação com os alunos, compreendendo suas dificuldades e potencialidades (FELÍCIO, 2014; RAUSCH; FRANTZ, 2013). A partir do levantamento, análise e discussão das atividades desenvolvidas pelos bolsistas, observou-se uma predominância da utilização de jogos como estratégia de ensino. 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