Artigo Anais CONADIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

MUDANÇA DE COLORAÇÃO DAS FLORES DE CAJUEIRO (ANARCADIUM OCCIDENTALE L.) NA CAATINGA

Palavra-chaves: VISÃO DE CORES, ABELHAS, POLINIZAÇÃO, SINALIZAÇÃO, SINALIZAÇÃO Pôster (PO) AT 03 - Riquezas naturais do semiárido: preservação e conservação
"2018-12-07 23:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 50758
    "edicao_id" => 103
    "trabalho_id" => 126
    "inscrito_id" => 828
    "titulo" => "MUDANÇA DE COLORAÇÃO DAS FLORES DE CAJUEIRO (ANARCADIUM OCCIDENTALE L.) NA CAATINGA"
    "resumo" => "Muitas angiospermas mudam de cor de acordo com a idade das flores (FERNANDES; VENTURIERI; JARDIM, 2012). Essa alteração na coloração pode estar diretamente relacionada com a sinalização das flores para o polinizador. Sendo assim, a coloração pode sinalizar presença ou ausência de recursos para polinizadores que apresentam mecanismos fisiológicos e neurológicos para detectar o sinal. Anacardium occidentale é uma planta nativa do Nordeste e seu cultivo é importante economicamente para o Brasil, principalmente devido à produção de castanha. As flores do caju mudam de branco para vermelho ao decorrer do tempo, sendo branca a fase com recompensa (WEISS, 1995). Dentre os vários polinizadores que visitam o caju, as abelhas são as mais importantes (FREITAS; PAXTON, 1996). O objetivo do presente trabalho foi avaliar a coloração das flores do caju (A. occidentale L.) na visão da Apis mellifera. O estudo foi realizado no mês de setembro, na Floresta Nacional de Açu – RN (FLONA Açu), localizada no semiárido nordestino. Foram coletadas 12 flores e 1 folha de 4 indivíduos diferentes, totalizando 48 flores e 4 folhas. Um espectrofotômetro USB4000 UV-VIS (Ocean Optics, Inc.) e o programa de SpectraSuit (Ocean Optics, Inc.) foram utilizados para mensurar a coloração das flores e folhas. Para se calcular os valores de contraste cromático, em unidades de JND (Just noticeable difference), dos diferentes espectros das flores em relação a sua própria folha, utilizou-se o pacote PAVO (MAIA et al., 2018) do software R. Foi realizado um teste de Mann-Whitney para comparar o contraste cromático dos dois grupos (flores vermelhas e flores brancas), com auxílio do software R e SigmaPlot 12.5. Tanto flores brancas quanto flores vermelhas estão acima do limiar de detecção (JND>1), sendo que o JND das flores vermelhas foi maior que o das flores brancas. Segundo o teste de Mann-Whitney os grupos de flores diferiram significativamente com relação aos valores de contraste cromático. Porém, ao contrário do esperado, uma vez que a recompensa está presente na fase branca, flores vermelhas apresentaram-se mais perceptíveis que as flores brancas. A coloração da corola de Anacardium apresenta correlação com pistas olfativas, de forma que flores vermelhas não apresentam odor, enquanto que flores brancas apresentam (TAKEHANA et al., 2013). Pistas olfativas podem participar junto com pistas visuais na sinalização para o polinizador. Diversos estudos suportam a ideia de que mudanças na fase de cor das flores servem como sinal para os polinizadores (WEISS, 1991). Possivelmente, os sinais visuais e químicos podem estar atuando concomitantemente. Sendo assim, flores vermelhas, mesmo não apresentando odor, podem ser o sinal primário para atração de polinizadores, e consequentemente as flores brancas, que apresentam pistas olfativas, podem direcionar os insetos para essas flores que apresentam recursos. Portando, as flores do caju apresentam diferentes colorações na visão do seu principal polinizador e essa mudança pode estar relacionada com sinalização de recurso. Adicionalmente, outros fatores podem estar atuando nesse processo de comunicação, como pistas olfativas."
    "modalidade" => "Pôster (PO)"
    "area_tematica" => "AT 03 - Riquezas naturais do semiárido: preservação e conservação"
    "palavra_chave" => "VISÃO DE CORES, ABELHAS, POLINIZAÇÃO, SINALIZAÇÃO, SINALIZAÇÃO"
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO_EV116_MD4_SA3_ID828_27102018101616.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:38"
    "updated_at" => "2020-06-09 19:09:59"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "SOFIA CORADINI SCHIRMER"
    "autor_nome_curto" => "SOFIA"
    "autor_email" => "sofiacoradini@hotmail.com"
    "autor_ies" => null
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-conadis"
    "edicao_nome" => "Anais CONADIS"
    "edicao_evento" => "Congresso Nacional da Diversidade do Semiárido"
    "edicao_ano" => 2018
    "edicao_pasta" => "anais/conadis/2018"
    "edicao_logo" => "5e48b18012320_16022020000536.png"
    "edicao_capa" => "5f183ed6da79d_22072020102750.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2018-12-07 23:00:00"
    "publicacao_id" => 56
    "publicacao_nome" => "Revista CONADIS"
    "publicacao_codigo" => "2526-186X"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 50758
    "edicao_id" => 103
    "trabalho_id" => 126
    "inscrito_id" => 828
    "titulo" => "MUDANÇA DE COLORAÇÃO DAS FLORES DE CAJUEIRO (ANARCADIUM OCCIDENTALE L.) NA CAATINGA"
    "resumo" => "Muitas angiospermas mudam de cor de acordo com a idade das flores (FERNANDES; VENTURIERI; JARDIM, 2012). Essa alteração na coloração pode estar diretamente relacionada com a sinalização das flores para o polinizador. Sendo assim, a coloração pode sinalizar presença ou ausência de recursos para polinizadores que apresentam mecanismos fisiológicos e neurológicos para detectar o sinal. Anacardium occidentale é uma planta nativa do Nordeste e seu cultivo é importante economicamente para o Brasil, principalmente devido à produção de castanha. As flores do caju mudam de branco para vermelho ao decorrer do tempo, sendo branca a fase com recompensa (WEISS, 1995). Dentre os vários polinizadores que visitam o caju, as abelhas são as mais importantes (FREITAS; PAXTON, 1996). O objetivo do presente trabalho foi avaliar a coloração das flores do caju (A. occidentale L.) na visão da Apis mellifera. O estudo foi realizado no mês de setembro, na Floresta Nacional de Açu – RN (FLONA Açu), localizada no semiárido nordestino. Foram coletadas 12 flores e 1 folha de 4 indivíduos diferentes, totalizando 48 flores e 4 folhas. Um espectrofotômetro USB4000 UV-VIS (Ocean Optics, Inc.) e o programa de SpectraSuit (Ocean Optics, Inc.) foram utilizados para mensurar a coloração das flores e folhas. Para se calcular os valores de contraste cromático, em unidades de JND (Just noticeable difference), dos diferentes espectros das flores em relação a sua própria folha, utilizou-se o pacote PAVO (MAIA et al., 2018) do software R. Foi realizado um teste de Mann-Whitney para comparar o contraste cromático dos dois grupos (flores vermelhas e flores brancas), com auxílio do software R e SigmaPlot 12.5. Tanto flores brancas quanto flores vermelhas estão acima do limiar de detecção (JND>1), sendo que o JND das flores vermelhas foi maior que o das flores brancas. Segundo o teste de Mann-Whitney os grupos de flores diferiram significativamente com relação aos valores de contraste cromático. Porém, ao contrário do esperado, uma vez que a recompensa está presente na fase branca, flores vermelhas apresentaram-se mais perceptíveis que as flores brancas. A coloração da corola de Anacardium apresenta correlação com pistas olfativas, de forma que flores vermelhas não apresentam odor, enquanto que flores brancas apresentam (TAKEHANA et al., 2013). Pistas olfativas podem participar junto com pistas visuais na sinalização para o polinizador. Diversos estudos suportam a ideia de que mudanças na fase de cor das flores servem como sinal para os polinizadores (WEISS, 1991). Possivelmente, os sinais visuais e químicos podem estar atuando concomitantemente. Sendo assim, flores vermelhas, mesmo não apresentando odor, podem ser o sinal primário para atração de polinizadores, e consequentemente as flores brancas, que apresentam pistas olfativas, podem direcionar os insetos para essas flores que apresentam recursos. Portando, as flores do caju apresentam diferentes colorações na visão do seu principal polinizador e essa mudança pode estar relacionada com sinalização de recurso. Adicionalmente, outros fatores podem estar atuando nesse processo de comunicação, como pistas olfativas."
    "modalidade" => "Pôster (PO)"
    "area_tematica" => "AT 03 - Riquezas naturais do semiárido: preservação e conservação"
    "palavra_chave" => "VISÃO DE CORES, ABELHAS, POLINIZAÇÃO, SINALIZAÇÃO, SINALIZAÇÃO"
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO_EV116_MD4_SA3_ID828_27102018101616.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:38"
    "updated_at" => "2020-06-09 19:09:59"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "SOFIA CORADINI SCHIRMER"
    "autor_nome_curto" => "SOFIA"
    "autor_email" => "sofiacoradini@hotmail.com"
    "autor_ies" => null
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-conadis"
    "edicao_nome" => "Anais CONADIS"
    "edicao_evento" => "Congresso Nacional da Diversidade do Semiárido"
    "edicao_ano" => 2018
    "edicao_pasta" => "anais/conadis/2018"
    "edicao_logo" => "5e48b18012320_16022020000536.png"
    "edicao_capa" => "5f183ed6da79d_22072020102750.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2018-12-07 23:00:00"
    "publicacao_id" => 56
    "publicacao_nome" => "Revista CONADIS"
    "publicacao_codigo" => "2526-186X"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 07 de dezembro de 2018

Resumo

Muitas angiospermas mudam de cor de acordo com a idade das flores (FERNANDES; VENTURIERI; JARDIM, 2012). Essa alteração na coloração pode estar diretamente relacionada com a sinalização das flores para o polinizador. Sendo assim, a coloração pode sinalizar presença ou ausência de recursos para polinizadores que apresentam mecanismos fisiológicos e neurológicos para detectar o sinal. Anacardium occidentale é uma planta nativa do Nordeste e seu cultivo é importante economicamente para o Brasil, principalmente devido à produção de castanha. As flores do caju mudam de branco para vermelho ao decorrer do tempo, sendo branca a fase com recompensa (WEISS, 1995). Dentre os vários polinizadores que visitam o caju, as abelhas são as mais importantes (FREITAS; PAXTON, 1996). O objetivo do presente trabalho foi avaliar a coloração das flores do caju (A. occidentale L.) na visão da Apis mellifera. O estudo foi realizado no mês de setembro, na Floresta Nacional de Açu – RN (FLONA Açu), localizada no semiárido nordestino. Foram coletadas 12 flores e 1 folha de 4 indivíduos diferentes, totalizando 48 flores e 4 folhas. Um espectrofotômetro USB4000 UV-VIS (Ocean Optics, Inc.) e o programa de SpectraSuit (Ocean Optics, Inc.) foram utilizados para mensurar a coloração das flores e folhas. Para se calcular os valores de contraste cromático, em unidades de JND (Just noticeable difference), dos diferentes espectros das flores em relação a sua própria folha, utilizou-se o pacote PAVO (MAIA et al., 2018) do software R. Foi realizado um teste de Mann-Whitney para comparar o contraste cromático dos dois grupos (flores vermelhas e flores brancas), com auxílio do software R e SigmaPlot 12.5. Tanto flores brancas quanto flores vermelhas estão acima do limiar de detecção (JND>1), sendo que o JND das flores vermelhas foi maior que o das flores brancas. Segundo o teste de Mann-Whitney os grupos de flores diferiram significativamente com relação aos valores de contraste cromático. Porém, ao contrário do esperado, uma vez que a recompensa está presente na fase branca, flores vermelhas apresentaram-se mais perceptíveis que as flores brancas. A coloração da corola de Anacardium apresenta correlação com pistas olfativas, de forma que flores vermelhas não apresentam odor, enquanto que flores brancas apresentam (TAKEHANA et al., 2013). Pistas olfativas podem participar junto com pistas visuais na sinalização para o polinizador. Diversos estudos suportam a ideia de que mudanças na fase de cor das flores servem como sinal para os polinizadores (WEISS, 1991). Possivelmente, os sinais visuais e químicos podem estar atuando concomitantemente. Sendo assim, flores vermelhas, mesmo não apresentando odor, podem ser o sinal primário para atração de polinizadores, e consequentemente as flores brancas, que apresentam pistas olfativas, podem direcionar os insetos para essas flores que apresentam recursos. Portando, as flores do caju apresentam diferentes colorações na visão do seu principal polinizador e essa mudança pode estar relacionada com sinalização de recurso. Adicionalmente, outros fatores podem estar atuando nesse processo de comunicação, como pistas olfativas.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.