Estoma pode ser descrito como exteriorização de uma víscera oca através de ato cirúrgico. Recebe a denominação conforme o segmento, assim a abertura do segmento cólico ou ileal na parede abdominal visando ao desvio do conteúdo fecal para o meio externo é denominada colostomia ou ileostomia, respectivamente. Colostomias e ileostomias são tratamentos empregados em um grande número de doenças que incluem doença diverticular, doença inflamatória intestinal, colite isquêmica, incontinência anal, infecções perineais graves, câncer e trauma, entre outras. O presente relato tem por objetivo descrever a experiência vivenciada por acadêmicas de enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco – Centro Acadêmico de Vitória (UFPE-CAV), durante o período de estágio na disciplina de Enfermagem Clínica, realizada no Hospital Otávio de Freitas, localizado na cidade do Recife-PE, onde foram elaboradas intervenções para redução dos riscos e complicações, a uma paciente portadora de neoplasia de cólon, C.L.B.A, 67 anos, aposentada, sexo feminino, que foi submetida a um processo cirúrgico (ileostomia),que consiste na formação de uma abertura temporária ou permanente através do íleo, com fixação da alça intestinal no abdômen, geralmente à direita. Nesse processo, ocorre a drenagem de fezes que apresentam consistência líquida ou amolecida e ocorre em frequentes intervalos. O paciente com uma ileostomia não pode fazer uso de hábitos intestinais regulares, porque o conteúdo do íleo é líquido. A bolsa deve ser usada em todos os momentos, devido ao contínuo escoamento de fezes. Diante da situação, a paciente se sentia deprimida e incomodada com o seu estado atual, por não aceitar a exposição de uma parte interna de seu corpo, o que se fez necessário à elaboração de cuidados no intuito promover a melhora do estado atual e conforto da paciente. A prática realizada pelas acadêmicas mostra a necessidade de se ter uma visão abrangente ao se deparar com uma realidade que requer não somente o conhecimento técnico e científico dentro da área de atuação da enfermagem, mas também conhecimento na área psicossocial. Comprova-se que a elaboração de cuidados para uma prática humanizada visando à reabilitação física e social são de vital importância para uma melhor qualidade de vida do paciente.