Apesar da importância do tema e dos desafios que a nova conjuntura apresenta sobre essa modalidade de atendimento, há ainda uma lacuna de conhecimento sobre a temática. Nessa direção, este estudo tem como objetivo apresentar os resultados da pesquisa Perfil das organizações que cuidam de idosos (as) da rede de prestação de serviço da cidade e Região Metropolitana do Recife-PE, mas, especificamente, expor os fatores que tem levado os (as) idosos (as) a procurarem as ILPIs no início da entrada na velhice. O estudo visa subsidiar a discussão que vem sendo feita sobre questões julgadas relevantes para o desenvolvimento e aprimoramento das políticas públicas voltadas ao acolhimento desse segmento da população. Trata-se de um estudo de caso, conceituado e entendido como investigação aprofundada e sistemática de uma instância, na qual se busca apreender a realidade a ser pesquisada dentro de um contexto mais amplo em que se acha situada, valorizando suas conexões com o todo. A amostra se constitui de 540 idosos (as) atendidos em 12 ILPIs, 5 localizadas na cidade de Recife e de 7 da Região Metropolitana. A determinação de idades-limites é um aspecto que chama a atenção na caracterização do perfil das ILPIS. Verifica-se que 60 anos é a idade limite para a maioria das instituições corroborando com a Política Nacional do Idoso (Lei 8.842 / 1994), Estatuto do idoso (Lei 10.741 / 2003) que definem a pessoa idosa sendo aquela maior de sessenta anos de idade. O grupo social “idoso” quando definido apenas etariamente, não deve suscitar somente referências a um conjunto de pessoas com muita idade, mas a pessoas com determinadas características sociais e biológicas. Entende-se que o conceito de idoso, envolve mais do que a simples determinação de idades-limite biológicas. O aumento dos casos de separações e ou divórcios, os novos arranjos e os conflitos familiares são outros fatores que têm levado a uma crescente tendência dos (as) idosos (as) procurarem a institucionalização logo no início da entrada na velhice. Entende-se que esse novo contexto torna forçosa a transferência do cuidado do (a) idoso (a) da família para as ILPIs. Neste sentido faz-se necessário assegurar os direitos sociais do (a) idoso (a), criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade.