INTRODUÇÃO: Com o progressivo crescimento da população idosa percebe-se o aumento do número de casos de doenças crônico-degenerativas, em especial a demência. Dentre os principais tipos de demência a Doença de Alzheimer (DA) é a que mais afeta a população idosa. A DA é caracterizada por um estado de demência, onde há um declínio cognitivo sem reversão, que ocasiona diversos déficits de cognição. Desta forma, percebe-se a necessidade de um cuidado de enfermagem holístico para o idoso portador de Alzheimer, assim como para a sua família/cuidador, tendo em vista a sobrecarga física e emocional que esta patologia ocasiona podendo assim comprometer a qualidade de vida, tanto do cuidador como do paciente, e da assistência a ser prestada. OBJETIVO: Detectar publicações que discorram a relação entre idosos acometidos pela Doença Alzheimer associando a qualidade de vida. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática, realizada entre os meses de março à abril de 2013 a partir das bases de dados LILACS, BDEnf e Scielo. Para o levantamento dos artigos utilizou-se os seguintes descritores: “Idoso” “Qualidade de Vida” e “Alzheimer”, atendendo aos seguintes pré-requesitos: ter sido publicado de 2006 a 2011; artigos na íntegra e em português. RESULTADOS: Foram encontradas 696 publicações, das quais apenas 16 se adequaram aos critérios de inclusão. A DA ocorre em virtude do comprometimento da substância cerebral, gerando deficiência nas vias responsáveis pelos neurotransmissões, ocasionando a morte neuronal. Seus sintomas incluem a diminuição gradual da memória, diminuição do senso crítico, desorientação em tempo e espaço, alterações na personalidade, dificuldade de aprendizado e na comunicação e os distúrbios afetivos e comportamentais, que causam grande impacto nas realizações das Atividades de Vida Diária (AVD) e no convívio familiar. O avanço da DA faz com que o idoso passe a ter dificuldades para executar tarefas como vestir-se, alimentar-se, realizar o autocuidado, e que apresente graves distúrbios de linguagem, além da restrição ao leito. A ausência da memória promove uma deficiência nas relações interpessoais, afetivas, sociais e familiares, ocasionando uma precária qualidade de vida ao idoso acometido. Desta maneira, os profissionais de enfermagem tem papel primordial na assistência a estes pacientes, intervindo através de estratégias de acolhimento e suporte tanto ao paciente como aos familiares/cuidadores, a fim de reduzir a sobrecarga no cuidado. Para tanto, a enfermagem deve estar capacitada para o desenvolvimento de ações eficazes de atenção à saúde do idoso, dentre elas aceitar suas limitações sem julgamento, criação de vínculo seguro e humanizado. CONCLUSÃO: A DA é uma doença evolutiva e incapacitante, a qual produz sensação de impotência e fragilidade, impulsionando assim a disfunção psicofuncional e o comprometimento da qualidade de vida do idoso. É necessário que os profissionais de saúde atuem junto ao idoso e seus familiares apoiando-os psicologicamente, no repasse de informações necessárias a cerca da DA, além do tratamento clínico, buscando prover uma melhor à qualidade de vida ao idoso portador dessa enfermidade.