O Brasil é tido como o país com maior disponibilidade de água potável em todo o mundo, com cerca de doze por cento do total. Apesar de ser um recurso renovável, a água é um bem limitado, ou seja, se não for utilizada da melhor forma possível e de maneira racional ela pode acabar. A região Nordeste tem passado pela seca mais grave nos últimos cem anos. A ideia de seca não está associada, apenas, à falta de precipitação, mas, também, à deficiência de umidade no solo, à má gestão da água, aos impactos sociais, ambientais e econômicos, à evapotranspiração, ao escoamento superficial, à grande concentração de terra nas mãos de pouquíssimas pessoas, dentre outros. Nesta perspectiva, esta pesquisa teve como objetivo analisar a gestão e armazenamento da água no contexto nacional e do semiárido e suas perspectivas futuras. Para tanto, no que diz respeito à metodologia, tratou-se de uma revisão bibliográfica realizada a partir da leitura de artigos e livros relacionados à temática em questão, caracterizando, assim, uma coleta de dados secundários. Percebeu-se, mediante a pesquisa, que, embora tenham ganhado destaque o uso de novas estratégias de convivência com a seca, estas precisam alcançar um patamar que transcenda o caráter emergencial e, mais que isso, adentrar numa discussão que subverta a lógica do determinismo geográfico, onde o fenômeno da natureza não seja, em si, o possuidor do caráter explicativo para problemas sociais relacionados à seca. A falta de políticas públicas eficazes e voltadas para o acesso e uso da água tem ocasionado sofrimento ao povo do semiárido nordestino.