INDICADORES SOCIAIS E CLÍNICOS DE IDOSOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICOINTRODUÇÃO: O envelhecimento é um processo dinâmico, contínuo e progressivo, próprio a todos os membros de uma espécie. Envolve um conjunto de fatores, como condições sociais, culturais, econômicas e físicas. Conforme os indivíduos envelhecem, as doenças crônicas não transmissíveis transformam-se nas principais causas de morbimortalidade. Frente a essa realidade, nas últimas décadas, evidenciaram um aumento das doenças crônicas e projetaram a Insuficiência Renal Crônica (IRC) no cenário mundial como um dos maiores desafios à saúde pública, com implicações econômicas e sociais. OBJETIVO: averiguar os indicadores sociais e clínicos de idosos em tratamento hemodialítico de uma instituição filantrópica referência no tratamento dialítico na cidade de João Pessoa- PB. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, realizada em um hospital filantrópico referência no tratamento dialítico, no município de João Pessoa/PB. A amostra foi constituída de 40 idosos com insuficiência renal crônica no referido serviço. O período de coleta de dados foi entre os meses de agosto-setembro de 2011. Os resultados foram tratados por meio de estatística descritiva. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No tocante ao sexo dos idosos pesquisados, 57,5% eram homens. Esse achado guarda consonância com outros estudos, que verificaram que houve predominância de homens com IRC. Quanto à faixa etária, a maioria 64,50% dos participantes tinham idade entre 60 e 69 anos. A idade média de pacientes que desenvolvem doença renal crônica é de 60 anos, nessa faixa etária, a presença de outras comorbidades pode interferir nas manifestações da insuficiência renal. A respeito da escolaridade, a maioria dos idosos (55%), havia cursado o ensino fundamental incompleto, o que pode refletir, de modo direto, na assimilação das informações recebidas e dificultar adesão ao tratamento. Quanto ao estado conjugal, 60,00% eram casados. Vale ressaltar que ter um companheiro ou outros membros da família contribui para o enfrentamento da doença. No que se refere à renda mensal familiar, 97,50% dos entrevistados declararam que tinham renda de até três salários mínimos. No tocante aos aspectos clínicos, todos os idosos mencionaram a presença de comorbidades. Dentre as enfermidades com curso concomitante com a IRC, destacaram-se: hipertensão arterial sistêmica (100,00%), diabetes (62,50%), cardiopatia (37,50%) e acidente vascular cerebral (25,00%). Estudos apontam a elevada prevalência de doenças crônicas em idosos. Quanto ao acesso venoso para realizar a hemodiálise, 80,00% apresentavam Cateter Duplo Lúmen. Considerando o tempo em que realizam tratamento hemodialítico, dezenove (47,50%) idosos passavam pelo tratamento num período inferior a um ano. CONCLUSÂO: Diante do que foi exposto neste estudo, pode-se observar que os idosos analisados apresentaram como sexo predominante o masculino, tinham entre sessenta e sessenta e nove anos, apresentaram pouca escolaridade e renda familiar baixa, tinham como comorbidades, principalmente hipertensão e diabetes. O aumento do contingente de idosos e a maior vulnerabilidade desta população em apresentar doenças crônicas, impõem a necessidade de rediscutir a atenção à saúde, visando implementar ações promocionais, preventivas e educativas voltadas para a população idosa, na perspectiva de evitar o surgimento de doenças crônicas, melhorando assim, sua qualidade de vida. PALAVRAS-CHAVE: Idoso; Diálise; Indicadores.