Introdução: O crescente e contínuo número de idosos na população e o estímulo ao autocuidado, bem como a busca da melhoria do estado de saúde, têm aumentado a demanda nas unidades de saúde, suscitando a criação de unidades e equipes especializadas na atenção a esta clientela. Nos últimos anos observa-se a criação e estruturação de novas equipes, mesmo que ainda insuficiente para atender a procura. Objetivo: Traçar perfil do paciente idoso atendido no ambulatório de saúde do idoso de uma unidade especializada na atenção geronto-geriátrica. Metodologia: Trata-se de estudo descritivo, quantitativo de corte transversal, a partir de dados secundários registrados em prontuário multiprofissional do atendimento de 40 idosos no ambulatório de saúde do idoso (clínica médica), com faixa etária entre 61 e 94 anos, cadastrados e acompanhados no Núcleo de Atenção ao Idoso – NAI/PROIDOSO/PROEXT/UFPE, no período de maio de 2012 a abril de 2013. Os atendimentos são realizados a partir do agendamento prévio, com duração mínima de 30 minutos, garantindo seu retorno e encaminhamento a Equipe da unidade. Resultados: Dos 40 idosos, 20 % eram do sexo masculino e 80 % feminino, sendo 50% com faixa etária entre 60 a 69 anos, 35% com idades entre 70 e 79 anos e 15% com 80 e mais anos. O principal motivo da procura do serviço, queixa principal, estavam relacionadas às morbidades: 50% osteoarticulares e reumatológicas, 20% neuropsiquiátricas e 10% cardiológicas, com destaque para as artroses e osteoporose, depressão, esquecimento (cognitivas), hipertensão e outras cardiopatias, respectivamente. Aproximadamente 90% dos usuários não dispõem de assistência médica privada e são remanescentes de outras unidades que referenciam o NAI por não dispor de atendimento para o idoso. Do ponto de vista socioeconômico não apresentaram similaridades, indo de pessoas sem renda a aquelas com rendimentos superior a cinco salários mínimos. Das queixas, cerca de 70% apresentaram correlação direta com o diagnóstico clínico, outras estavam associadas a desinformação acerca do sintoma e aos fatores psicossociais, sendo reencaminhados para a Equipe ou a unidade de referência para orientação e tratamento adequado. Conclusão: Registra-se um crescimento contínuo da demanda de idosos que buscam o serviço, gerando lista de espera devido à impossibilidade de atendimento com qualidade pela Equipe. A prevalência das doenças crônicas não transmissíveis nesta população é fato, portanto, requer uma assistência especializada que possa proporcionar aos idosos uma melhoria do estado de saúde e qualidade de vida, para tanto, urge a criação de novas unidades e Equipes multidisciplinares na atenção geronto-geriátrica.