INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento tem seu início no momento do nascimento do indivíduo. Para que este processo seja bem sucedido é necessário que se tenha uma ampla consciência da importância da realização de hábitos de vida saudáveis, caso contrário o envelhecer será acompanhado do adoecimento, colocando assim, a qualidade de vida da pessoa idosa em risco. As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) representam, além de fatores genéticos, um reflexo de uma vida com hábitos inadequados de saúde, seja com respeito à alimentação, ausência da prática de atividades físicas, ou outros fatores agravantes (orgânicos ou não). A Diabetes tipo II e a Hipertensão Arterial são doenças crônicas não transmissíveis consideradas, para o campo de estudo atual da saúde coletiva no Brasil, relevantes problemas de saúde pública que merecem uma forte atuação da gestão no âmbito da criação e implementação de políticas e programas que tenham como foco principal a população idosa. OBJETIVO: Este estudo objetivou avaliar a prevalência de diabetes e hipertensão arterial em pessoas idosas assistidas pela equipe II na Unidade Básica de Saúde da Família Bonald Filho, situada na Rua Antonieta Cavalcante, SN, Monte Santo, em Campina Grande- PB. METODOLOGIA: A metodologia utilizada consistiu no estudo transversal e descritivo, realizado com uma amostra de 139 idosos assistidos nesta Unidade. Os idosos encontravam-se na faixa etária acima de 60 anos e pertenciam a ambos os sexos. Aplicaram-se questionários devidamente aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Alcides Carneiro sob número CEP 20113011-067, que abordavam questões a repeito dos hábitos de vida, aspectos sociodemográficos dos idos envolvidos na pesquisa. Posteriormente os dados coletados foram tabulados para melhor interpretação dos resultados. RESULTADOS: A análise dos dados obtidos no estudo mostra que, dentre as DCNT referidas na pesquisa a Diabetes tipo II é prevalente em 20,9% dos idosos, demonstrando o quanto a orientação sobre o não consumo de carboidratos é eficiente nesta população, onde dentre os entrevistados 64% afirmam não consumir alimentos como doces, por exemplo. A Hipertensão Arterial apresenta-se mais prevalente, acometendo 65,5% dos idosos, refletindo hábitos, como o acréscimo de sal na comida já pronta e a não realização de atividades físicas (73,4%). CONCLUSÃO: Este estudo se configura como uma confirmação de várias pesquisas existentes com relação à prevalência de Diabetes tipo II e Hipertensão Arterial em idosos. Este quadro demonstra a relevância da implantação e implementação de políticas públicas que promovam, em todos os níveis de atenção à saúde, principalmente na atenção primária, o bem estar da população, a partir de ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação. A população idosa merece destaque nestas políticas onde obervamos que assim como a cronicidade de uma doença é devida ao fator tempo, o Brasil enfrenta um importante processo de transição demográfica, onde a população idosa tem significativa expressão nos sensos demográficos do país.