, Thatyannecordeirosilva et al.. Literatura para além do livro didático. Anais COPRECIS... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <http://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/31267>. Acesso em: 13/11/2024 06:18
Como estagiárias na EEEM Iolanda Tereza Chaves de Lima, observando-se que a “a aula de literatura” que vinha sendo desenvolvida ao longo do ano, nada mais era do que abrir o livro, ler a descrição da escola literária, ler os fragmentos que o livro didático trazia e aplicação do exercício para o visto. Compreendeu-se então o porquê dos alunos não demonstrarem interesse e até não ter “gosto” ao chegar o momento de ter aula literária. Para eles a literatura era aquela aula de leitura de fragmentos comentados oralmente pela professora e em seguida responder o exercício. Quando estes alunos foram apresentados a gêneros literários menos extensos como poemas e contos os quais permitiram uma leitura mais rápida, menos cansativa na concepção daqueles que não tem a prática da leitura como habito rotineiro, observou-se que o nível de entrosamento dos alunos com os textos e consequentemente com as aulas foram tornando-se agradáveis e produtivas, despertando interesse, gerando debates, compartilhando-se fragmentos de textos entre colegas ou mesmos nas redes sociais destes alunos. A partir desses resultados obtidos no decorrer do estágio, tendo “conquistado” o prazer dos alunos em literatura curta, passou-se a ser aplicada a literatura mais ampla, tendo como base do projeto a obra O CORTIÇO de Aluísio Azevedo, através do qual foram ministradas aulas literárias com grau de aprofundamento por parte do alunado, partindo dos mesmos a ideia, preparação e apresentação de uma peça teatral, dando “vida” a obra estudada. A partir dessa experiência despertou-se a necessidade de aprofundar o estudo sobre o ensino de literatura e os caminhos que tornariam essas aulas, mais atrativas e produtivas fazendo com que o trabalho do educador torne-se agradavelmente produtivo e desperte o prazer literário por parte do alunado. Ou seja, que as aulas de literatura possam ir além dos fragmentos do livro didático.