INTRODUÇÃO: O transtorno mental tem alta prevalência em idosos, causando grande impacto social e ocupacional. O cuidado do enfermeiro com o idoso enfatiza a atenção à saúde integral, humanização e a qualidade de vida desses idosos, instrumentalizado por um estar junto, proporcionado ao mesmo tempo conforto físico e bem estar, visando o enfrentamento da situação vivida. OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo analisar através da produção científica nacional o cuidado de enfermagem ao idoso portador de transtornos mentais, a fim de conhecer a assistência de enfermagem prestada a este indivíduo. METODOLOGIA: O presente estudo é uma revisão sistemática da literatura, realizada de fevereiro a abril de 2013, nas seguintes bases de dados: BDENF e LILACS. Utilizando os descritores do DeCS (Descritores em Ciência da Saúde): cuidados de enfermagem; idoso e transtornos mentais e, em seguida, levou-se em consideração os critérios de inclusão como serem artigos científicos publicados em periódicos nacionais, dentro do período delimitado para esta pesquisa e estarem disponíveis na íntegra. Obteve-se um total de 346 publicações no BDENF e 537 LILACS dos quais 8 atenderam aos critérios de seleção escolhidos. RESULTADOS: Ao investigar os oito artigos sobre “O Cuidado da Enfermagem ao Idoso Portador de Transtorno Mental”, os anos de 2009, 2010 e 2011 se destacaram, com 2, 2 e 3 produções respectivamente. O desenvolvimento dos estudos foi a maioria na região Sudeste com 5 estudos. A leitura dos artigos permitiu evidenciar as principais convergências encontradas, permitindo a elaboração de duas categorias, o cuidado de enfermagem direto desempenhado pelo profissional/enfermeiro ao idoso com transtorno mental, onde foi visto que o cuidado de enfermagem deve ser holístico e a criação de estratégias de cuidados que melhorem a assistência prestada e retardem a evolução da demência são cruciais para proporcionar maior qualidade de vida aos idosos. A enfermagem assume um papel fundamental, não devendo restringir-se ao tratamento medicamentoso, embora seja importante. O cuidado de enfermagem indireto orientado pelo profissional/enfermeiro e executado pelo familiar no idoso com transtorno mental, onde observou-se que o idoso e sua família necessitam de uma rede de apoio que inclui desde o acompanhamento ambulatorial até o suporte estratégico para quem cuida. O cuidador precisa saber que por trás de um processo demencial, existe um idoso que necessita de cuidados e que não pode ser um empecilho, visto que o cuidador é um ser humano como qualquer outro. CONCLUSÃO: Observou-se que o cuidado indireto é quando o profissional orienta os familiares ao cuidado adequado e direto quando o profissional aplica este cuidado ao idoso portador de transtorno mental. Entretanto, para o alcance do melhor cuidado para estes idosos é necessário que o profissional de saúde esteja embasado cientificamente, para programar as intervenções e atender às necessidades reais do idoso com transtorno mental, respeitando o aspecto subjetivo e cultural de cada indivíduo.