Artigo Anais COPRECIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2594-7885

EXERGANDO ALÉM DOS REFLEXOS DO ESPELHO: REVISTA ÍNTIMA NO PRESÍDIO DO SERROTÃO EM CAMPINA GRANDE, PB, O CORPO FEMININO VIOLADO ( 2009-2014)

Palavra-chaves: REVISTA ÍNTIMA, CORPO FEMININO, MEMÓRIAS Comunicação Oral (CO) GD08 - História Cultural das Práticas Educativas
"2017-11-27 23:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 31213
    "edicao_id" => 71
    "trabalho_id" => 117
    "inscrito_id" => 135
    "titulo" => "EXERGANDO ALÉM DOS REFLEXOS DO ESPELHO: REVISTA ÍNTIMA NO PRESÍDIO DO SERROTÃO EM CAMPINA GRANDE, PB, O CORPO FEMININO VIOLADO ( 2009-2014)"
    "resumo" => "Resumo: A revista íntima foi instituída na penitenciária Raimundo Asfora, em Campina Grande- Paraíba, ou presídio do Serrotão como é mais conhecido em todo Estado, objetivando evitar que materiais proibidos como drogas, aparelhos de telefonia celular, chips e até mesmo armas, adentrassem à  unidade prisional camuflados no interior dos corpos de visitantes do sexo feminino. Todavia, jamais se cogitou que inspeção semelhante fosse levada a efeito em visitantes do sexo oposto.  A presente investigação se dedica ao tema, enfatizando o seu caráter misógino, bem como todas as normas e prescrições destinadas ao corpo feminino. Corpo de mulheres visitantes, e não de apenadas, mas que ao passarem pelo aviltante procedimento de revista íntima, eram em certa medida aprisionadas, tolhidas de liberdade, desnudadas de suas vestes e dignidade.  Para discorrer sobre a temática, apresento um regaste de minhas memórias, enquanto agente de segurança penitenciária, que vivenciou in loco o procedimento de vistoria corporal naquele ergástulo público. Penso que cumpre a história ouvir vozes e silêncios. Empresto dessa maneira minha voz e por conseguinte minha contribuição,  adquirida enquanto profissional que esteve vis-a-vis com a tenebrosa revista íntima, mas também como historiadora, capaz de ver além das respostas ofertadas pelo espelho- objeto  que fora utilizado sistematicamente na inspeção dos órgãos sexuais femininos-,  Nesta perspectiva, serão apresentados conceitos como revista íntima, pedagogização, corpo feminino, representações e gênero. Neste âmbito, tenho como norte as análises pós estruturalistas com ênfase em Foucault bem como a busca pela (des)construção de uma história de sensibilidades e subjetividades. Será através de memórias que resgataremos a liberdade do corpo feminino que apesar das fugas, das reações, permanece submetido a violação e ao encarceramento."
    "modalidade" => "Comunicação Oral (CO)"
    "area_tematica" => "GD08 - História Cultural das Práticas Educativas"
    "palavra_chave" => "REVISTA ÍNTIMA, CORPO FEMININO, MEMÓRIAS"
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO_EV077_MD1_SA8_ID135_13082017203322.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:17"
    "updated_at" => "2020-06-10 12:14:57"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "MARIA APARECIDA FIGUEIRÊDO PEREIRA"
    "autor_nome_curto" => "MARIA"
    "autor_email" => "ciddapereira1@yahoo.com.b"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG)"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-coprecis"
    "edicao_nome" => "Anais COPRECIS"
    "edicao_evento" => "Congresso Nacional de Práticas Educativas"
    "edicao_ano" => 2017
    "edicao_pasta" => "anais/coprecis/2017"
    "edicao_logo" => "5e49f728debba_16022020231504.png"
    "edicao_capa" => "5f18536d5fca6_22072020115541.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2017-11-27 23:00:00"
    "publicacao_id" => 45
    "publicacao_nome" => "Anais COPRECIS"
    "publicacao_codigo" => "2594-7885"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 31213
    "edicao_id" => 71
    "trabalho_id" => 117
    "inscrito_id" => 135
    "titulo" => "EXERGANDO ALÉM DOS REFLEXOS DO ESPELHO: REVISTA ÍNTIMA NO PRESÍDIO DO SERROTÃO EM CAMPINA GRANDE, PB, O CORPO FEMININO VIOLADO ( 2009-2014)"
    "resumo" => "Resumo: A revista íntima foi instituída na penitenciária Raimundo Asfora, em Campina Grande- Paraíba, ou presídio do Serrotão como é mais conhecido em todo Estado, objetivando evitar que materiais proibidos como drogas, aparelhos de telefonia celular, chips e até mesmo armas, adentrassem à  unidade prisional camuflados no interior dos corpos de visitantes do sexo feminino. Todavia, jamais se cogitou que inspeção semelhante fosse levada a efeito em visitantes do sexo oposto.  A presente investigação se dedica ao tema, enfatizando o seu caráter misógino, bem como todas as normas e prescrições destinadas ao corpo feminino. Corpo de mulheres visitantes, e não de apenadas, mas que ao passarem pelo aviltante procedimento de revista íntima, eram em certa medida aprisionadas, tolhidas de liberdade, desnudadas de suas vestes e dignidade.  Para discorrer sobre a temática, apresento um regaste de minhas memórias, enquanto agente de segurança penitenciária, que vivenciou in loco o procedimento de vistoria corporal naquele ergástulo público. Penso que cumpre a história ouvir vozes e silêncios. Empresto dessa maneira minha voz e por conseguinte minha contribuição,  adquirida enquanto profissional que esteve vis-a-vis com a tenebrosa revista íntima, mas também como historiadora, capaz de ver além das respostas ofertadas pelo espelho- objeto  que fora utilizado sistematicamente na inspeção dos órgãos sexuais femininos-,  Nesta perspectiva, serão apresentados conceitos como revista íntima, pedagogização, corpo feminino, representações e gênero. Neste âmbito, tenho como norte as análises pós estruturalistas com ênfase em Foucault bem como a busca pela (des)construção de uma história de sensibilidades e subjetividades. Será através de memórias que resgataremos a liberdade do corpo feminino que apesar das fugas, das reações, permanece submetido a violação e ao encarceramento."
    "modalidade" => "Comunicação Oral (CO)"
    "area_tematica" => "GD08 - História Cultural das Práticas Educativas"
    "palavra_chave" => "REVISTA ÍNTIMA, CORPO FEMININO, MEMÓRIAS"
    "idioma" => "Português"
    "arquivo" => "TRABALHO_EV077_MD1_SA8_ID135_13082017203322.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:17"
    "updated_at" => "2020-06-10 12:14:57"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "MARIA APARECIDA FIGUEIRÊDO PEREIRA"
    "autor_nome_curto" => "MARIA"
    "autor_email" => "ciddapereira1@yahoo.com.b"
    "autor_ies" => "UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE (UFCG)"
    "autor_imagem" => ""
    "edicao_url" => "anais-coprecis"
    "edicao_nome" => "Anais COPRECIS"
    "edicao_evento" => "Congresso Nacional de Práticas Educativas"
    "edicao_ano" => 2017
    "edicao_pasta" => "anais/coprecis/2017"
    "edicao_logo" => "5e49f728debba_16022020231504.png"
    "edicao_capa" => "5f18536d5fca6_22072020115541.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2017-11-27 23:00:00"
    "publicacao_id" => 45
    "publicacao_nome" => "Anais COPRECIS"
    "publicacao_codigo" => "2594-7885"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 27 de novembro de 2017

Resumo

Resumo: A revista íntima foi instituída na penitenciária Raimundo Asfora, em Campina Grande- Paraíba, ou presídio do Serrotão como é mais conhecido em todo Estado, objetivando evitar que materiais proibidos como drogas, aparelhos de telefonia celular, chips e até mesmo armas, adentrassem à unidade prisional camuflados no interior dos corpos de visitantes do sexo feminino. Todavia, jamais se cogitou que inspeção semelhante fosse levada a efeito em visitantes do sexo oposto. A presente investigação se dedica ao tema, enfatizando o seu caráter misógino, bem como todas as normas e prescrições destinadas ao corpo feminino. Corpo de mulheres visitantes, e não de apenadas, mas que ao passarem pelo aviltante procedimento de revista íntima, eram em certa medida aprisionadas, tolhidas de liberdade, desnudadas de suas vestes e dignidade. Para discorrer sobre a temática, apresento um regaste de minhas memórias, enquanto agente de segurança penitenciária, que vivenciou in loco o procedimento de vistoria corporal naquele ergástulo público. Penso que cumpre a história ouvir vozes e silêncios. Empresto dessa maneira minha voz e por conseguinte minha contribuição, adquirida enquanto profissional que esteve vis-a-vis com a tenebrosa revista íntima, mas também como historiadora, capaz de ver além das respostas ofertadas pelo espelho- objeto que fora utilizado sistematicamente na inspeção dos órgãos sexuais femininos-, Nesta perspectiva, serão apresentados conceitos como revista íntima, pedagogização, corpo feminino, representações e gênero. Neste âmbito, tenho como norte as análises pós estruturalistas com ênfase em Foucault bem como a busca pela (des)construção de uma história de sensibilidades e subjetividades. Será através de memórias que resgataremos a liberdade do corpo feminino que apesar das fugas, das reações, permanece submetido a violação e ao encarceramento.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.