Artigo Anais III CIEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-0854

O OLHAR DA ENFERMAGEM NOS PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE ALZHEIMER EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Palavra-chaves: IDOSO, INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS, DOENÇA DE ALZHEIMER Relato de Experiência(RE) Qualidade de vida, envelhecimento ativo e bem sucedido
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Publicado em 15 de junho de 2013

Resumo

A Instituição de Longa Permanência (ILPI) é uma instituição governamental ou não que proporciona abrigo coletivo nas condições de liberdade, dignidade e cidadania as pessoas com idade superior ou igual há 60 anos, com apoio ou não da família. É importante ressaltar que as ILPIs não são destinada a clínica nem a terapêutica mas devem assistir o idoso quanto a moradia, alimentação, vestuário, serviços médicos e medicamentos por uma equipe multiprofissional. Sabe-se que o envelhecimento é um estágio natural e particular onde ocorrem mudanças biopsicossociais específicas que levam a alterações fisiológicas e patológicas. Muitas dessas modificações podem gerar algum tipo de dependência pela perda da funcionalidade motora e/ou cognitiva conhecida como demência. Dentre as demências o Alzheimer é a que acomete mais os idosos manifesta-se de forma lenta e progressiva, geralmente identificada por três fases: leve, moderada e grave, de acordo com o nível de comprometimento cognitivo e o grau de dependência do indivíduo. Foi observado que o déficit cognitivo causado pelo Alzheimer gera sentimentos de impotência, desamparo, fragilidade e falta de perspectiva visto que esses processos degenerativos aceleram a decadência psíquica e funcional, comprometendo a qualidade de vida. A falta de memória dificulta a aproximação das pessoas em suas relações afetivas, sociais e familiares perdendo a autonomia para cuidar de si, planejar e executar tarefas que permitem a adaptação psicossocial e a responsabilidade pelas próprias ações. Com isso notou-se a importância, nas diferentes fases dessa doença, a presença da enfermagem visto que os pacientes necessitam de cuidados especiais não só para realização de atividades de vida diária mas também para que se priorize a qualidade de vida, que vai além dos cuidados tradicionais como ajudar no banho ou mesmo administrar corretamente os medicamentos. Com isso sente-se a necessidade de que o enfermeiro esteja preparado, técnica e cientificamente, na área da gerontologia atentando-se para a problematização da situação e no gerenciamento dos cuidados incentivando a realização de atividades paralelas de promoção e reabilitação da saúde aplicando-se o processo de enfermagem e assim propiciando cuidado humanizado e individualizado. Os diagnósticos de enfermagem observados nos pacientes dessa instituição foram os de déficit de autocuidado, confusão crônica, desgaste do papel do cuidador, mobilidade física prejudicada e risco para lesão, mostrando assim seu grau de dependência e a necessidade de um cuidado baseado no raciocínio cientifico e clínico. Dessa forma cabe a enfermagem acrescentar às prescrições a promoção da segurança física e o tratamento das necessidades de socialização e intimidade dos pacientes estabelecendo rotinas de atividades as quais inclui deambulação, exercícios físicos, atividades sociais e intelectuais através do incentivo e participação nos eventos da instituição; orientar a adaptação do ambiente para evitar acidentes, estimular ingesta hídrica, bem como proporcionar acompanhamento psicológico, fisioterapêutico, nutricional e odontológico. Mesmo que as expectativas de melhora sejam limitadas essas intervenções cognitivas podem organizar as atividades dos pacientes, promovendo uma melhor qualidade de vida, além de lentificar o processo degenerativo nos estágios iniciais, principalmente quando completados por terapias medicamentosas.

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