Artigo Anais do X Congresso Internacional de Educação Fisica e Motricidade Humana e XVI Simpósio Paulista de Educação Física

ANAIS de Evento

ISSN: 2527-2268

REDES SOCIAIS ONLINE E ATLETAS DE FUTEBOL: OLHAR SOBRE AS ALTERAÇÕES EMOCIONAIS

Palavra-chaves: DESENVOLVIMENTO HUMANO, TECNOLOGIAS, PSICOLOGIA DO ESPORTE, ESTRESSE, ESTRESSE Comunicação Oral (CO) AT05 - ESTADOS EMOCIONAIS E MOVIMENTOS; ABORDAGENS SOCIOCULTURAIS DO CORPO
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Publicado em 15 de junho de 2017

Resumo

O manejo adequado das emoções no contexto esportivo pode ser um grande diferencial na busca dos atletas por melhores resultados em suas modalidades. Para isso, todas as possibilidades precisam ser levadas em consideração dentro do contexto em que estes se envolvem, com a finalidade de encontrar situações que possuem o potencial de provocar alterações que tendem a trazer prejuízos. Uma das grandes novas demandas atualmente pode estar voltada para a imersão cada vez mais representativa das pessoas nas redes sociais online, o que muitas vezes tende a apresentar uma falsa aparência inofensiva, mas que pode ter desdobramentos muito negativos, principalmente considerando atletas profissionais de futebol, que estão em constante evidência e sofrendo pressões que eventualmente estariam acima do que eles podem suportar. A vulnerabilidade no ambiente virtual, a facilidade com que uma pessoa pode se tornar um agressor e o potencial de alcance destas agressões são alguns dos elementos que nos conduzem a considerar a necessidade de olhares mais apurados neste sentido. Desta maneira, o objetivo foi analisar as emoções de atletas profissionais de futebol relacionadas com as interações realizadas nas redes sociais online. A amostra contou com 46 atletas profissionais de futebol pertencentes a equipes da região de Rio Claro, durante o Campeonato Paulista de Futebol. A média de idade foi de 25 anos e o tempo de prática de aproximadamente 8 anos. Foi utilizado o Questionário de Emoções no Desporto (QED), que possui três domínios negativos (ansiedade, tristeza, raiva) e dois positivos (alegria e excitação), analisando cada um destes domínios em intensidade e direção (facilitadora ou debilitante). Considerando que todos atletas foram orientados a pensar nos comentários que recebem ou mesmo em possíveis atritos por meio das interações neste ambiente, encontrou-se que as três emoções com valores mais expressivos na intensidade foram a raiva (1,14), a ansiedade (1,09) e a excitação (0,98). Com isso, percebe-se que as emoções negativas apresentaram valores maiores, ocupando as duas com maiores médias. Com relação a direção, por sua vez, tanto as emoções positivas quanto as negativas se aproximaram mais da neutralidade, isto é, não caracterizaram um direcionamento debilitante, apesar de maior destaque na intensidade das negativas. As maiores médias, neste caso, ficaram com excitação (0,27), alegria (0,26) e tristeza (0,24). Portanto, estes dados revelam que esta relação, na amostra estudada, desencadeou valores mais elevados em emoções negativas, considerando a intensidade, mas com efeitos não tão debilitantes destas na direção, o que é um dado fundamental para saber na busca de manejos emocionais adequados frente a situações como estas ao longo do período de competição. Estes dados poderiam ser diferentes caso fossem analisados atletas de grandes clubes, que ficam mais expostos, servindo como sugestão para pesquisas futuras.

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