Introdução: O tabagismo é um dos principais problemas de saúde pública da atualidade. Estima-se que o hábito de fumar seja responsável por 85% dos óbitos provocados por enfisema e 45% dos óbitos por infarto do miocárdio, além de ser o responsável por 25% das mortes por doença cerebrovascular e 30% das provocadas por câncer. Além disso, é comum encontrarmos em tabagista associação com outros preditores de patologias cardiovasculares, como a obesidade. O excesso de peso se relaciona diretamente com o envelhecimento, o estado conjugal, a escolaridade e o sedentarismo. Alguns destes fatores também têm sido associados ao hábito de fumar e, consequentemente entre si, isto é entre hábito de fumar e excesso de peso. Juntos obesidade e tabagismo podem ser responsáveis por alto grau de morbimortalidade.Objetivo: Avaliar a associação entre índice de massa corpórea (IMC) e hábito de fumar em pacientes tabagistas atendidos no projeto Tratamento do Tabagismo: Enfoque Multidisciplinar realizado em Campina Grande-PB.Metodologia: Análise descritiva transversal baseando-se em um questionário estruturado, aplicado no período de março a junho de 2012, durante primeiro atendimento. A pesquisa, vinculada ao Programa de Bolsas de Extensão “Tratamento do Tabagismo: enfoque multidisciplinar”foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos do Hospital Universitário Alcides Carneiros (CEP-HUAC). Foram selecionados 80 pacientes, porém apenas 40 preencheram os critérios de inclusão, que foram ter concordado e assinado termo de consentimento livre e esclarecido e ter idade maior ou igual a 50 anos e estar com peso e altura anotados no prontuário durante primeira consultaResultados: Dos 40 pacientes analisados, temos 27,5% composta por homens, 72,5% por mulheres. 40,0% apresentam IMC normal (entre 18 e 25); 35,0% apresentam sobrepeso (IMC entre 25 e 30) e 25,0% apresentavam obesidade (IMC maior que 30). Entre os homens, tem-se que 90% apresentam-se acima do peso e entre as mulheres 48,27%. Os resultados revelam diferenças em relação ao sexo, com os homens apresentando maior prevalência de obesidade e maiores associações entre IMC com os fatores de riscos relacionados à gordura corpórea. Os dados obtidos por este estudo contribuem para ampliação do referencial antropométrico dos idosos. Vale ressaltar que o estudo não pode distinguir causa–efeito do sobrepeso/obesidade no envelhecimento. Conclusão: A prevalência da obesidade/sobrepeso em idosos assistidos pelo projeto é alta. O tabagismo e a obesidade associados aumentam a morbimortalidade no processo de envelhecimento humano. O estudo é importante para o desenvolvimento de ações preventivas da obesidade, uma vez que muitos pacientes como a maioria em questão já se apresentam acima do peso e tem medo de parar de fumar e engordar, reforçando o tratamento multidisciplinar no combate ao tabagismo. Palavras Chave: IMC, Tabagismo, Envelhecimento.