INTRODUÇÃO: Em escala mundial, a esperança de vida ao nascer foi estimada, para 2000, em 65 anos e, para 2045-2050, a ONU projeta uma vida média de 74,3 anos. Ainda de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população de 60 anos ou mais no país corresponde a 10,5% da população brasileira, totalizando 19,9 milhões de idosos. As mudanças no modelo populacional refletem as preocupações em relação ao agravo de doenças crônicas e da interação de saúde física e mental. O envelhecimento populacional é um assunto bastante discutido nos dias atuais. Decorre da queda nas taxas de fecundidade, diminuição na taxa de mortalidade, aumento na expectativa de vida ao nascer, melhoria dos serviços de saúde, descoberta de novas tecnologias, entre outros fatores. O idoso tem merecido uma atenção especial, pois o processo de envelhecer saudável envolve cuidados de promoção, prevenção e intervenção. Requer envolvimento da equipe da atenção básica de saúde, com uma abordagem interdisciplinar e multiprofissional. OBJETIVO: Refletir os referenciais teóricos quanto ao cuidado com idosos fragilizados em âmbito domiciliar na atenção básica de saúde. METODOLOGIA: Trata-se de uma reflexão teórica, a partir de artigos científicos nacionais, publicados nos últimos cinco anos, identificados na Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando-se os descritores: idoso fragilizado e; cuidados de enfermagem. Emergiram, portanto, quatro artigos, que foram analisados com base no referencial teórico. RESULTADOS E DISCUSSÕES: O estudo mostrou que os idosos, em sua maioria, demonstram aversão à situação de dependência, perda da autonomia, predispondo-se ao isolamento social. Esses elementos podem causar no idoso problemas de baixa auto estima, temores e sentimento de insegurança e medo. Nesse tocante, a atenção domiciliar à saúde constitui o modelo geral da atenção à saúde prestada no domicílio, atendendo ou desvelando as reais necessidades dessa população. Outro ponto observado no estudo foi o fato de os idosos mostrarem-se surpresos e emocionados com o acompanhamento em domicílio por parte da equipe da Estratégia Saúde da Família. Muitos, se quer, sabiam que tinham esse direito. Os serviços de saúde são oferecidos ao indivíduo e a sua família, objetivando manter, promover ou repara a saúde, permitindo um aumento no nível de independência, minimizando os efeitos de incapacidades ou doenças. Além disso, alguns idosos assumem uma postura de conformismo com a sua situação e em relação às suas necessidades de cuidado. O cuidado está inserido nos valores, priorizando a liberdade, o respeito, o amor, a paz, entre outros. Dessa forma, o enfermeiro deve conhecer o indivíduo e a família da qual cuida, seu contexto de vida, conhecendo suas práticas, crenças e valores. CONCLUSÃO: É indispensável que a equipe multidisciplinar que integra a Estratégia Saúde da Família, respeite o idoso e sua família, entendendo seus anseios e respeitando suas crenças, hábitos e valores. A enfermagem tem papel fundamental no tratamento das pessoas idosas fragilizadas, pois possui as ferramentas necessárias para promover a saúde, que envolvem competência técnica, conhecimento científico e qualidades humanas.