Contextualização: No âmbito da Atenção Básica, o Ministério da Saúde formulou, em 1993, o Programa Saúde da Família - PSF, fundamentado na promoção da saúde. Em suas diretrizes centrais, buscava garantir a integralidade da assistência por meio do envolvimento responsável de todos os trabalhadores de saúde, reunidos em equipe multiprofissional, tendo por base o conhecimento da clientela em uma adstrição territorial, como meio para pensar a atenção aos usuários nos aspectos promocionais, preventivos e de recuperação da saúde. Atualmente, o PSF é definido com Estratégia Saúde da Família (ESF), ao invés de programa, visto que o termo programa aponta para uma atividade com início, desenvolvimento e finalização, a ESF coloca-se como uma estratégia de reorganização e não prevê um tempo para finalizar esta reorganização. E em 2008 o Ministério da Saúde cria o Núcleo de Apoio ao Programa Saúde da Família – NASF através da portaria nº 154, este núcleo visa ampliar a cobertura e o foco das ações da atenção básica, prestando apoio a ESF na rede de serviços voltados à comunidade. Objetivo: A importância da intervenção multiprofissional no cuidado ao idoso acometido pela incontinência urinaria acompanhado pela ESF e NASF. Materiais e métodos: Para esta análise, o levantamento de dados ocorreu nos prontuários de famílias com idosos que apresentam sinais e sintomas da incontinência urinaria, o relato dos profissionais que realizavam os cuidados a este usuário tanto da ESF como do NASF, e entrevista semi-estruturada, onde os usuários relatavam sua compreensão da patologia, problemas para controle da bexiga, como era realizado o tratamento e acompanhamento no município. A coleta de dados aconteceu no período de 21 de maio a 30 de agosto de 2012. Os resultados mostraram que: 78% dos participantes do estudo são mulheres e apenas 22% são homens; a idade média dos participantes do estudo foi de 65 a 83 anos. Sobre a questão de ter incontinência, 83% dos idosos relataram que este presente constantemente os sentimentos de raiva, vergonha, baixa auto estima, constrangimento e incômodo; 16% relataram que não sentem dores, pois acreditam ser doença da devido a idade avançada. 92% dos idosos relaram ter restrições quanto às atividades sociais.Conclusão: Entendemos que cada faixa etária apresenta suas especificidades, porem na velhice as ações devem ser direcionadas o mais próximo possível da realidade de cada usuários, se fazendo necessário implementar cuidados da equipe multipofissional com objetivo de tratar a incontinência urinária de forma a minimizar os danos psicológicos, físicos e sociais trazidos pela mesma, bem como, desenvolver ações preventivas e coletivas dos cuidados com a incontinência, fortalecendo o trabalho em conjunto das equipes da ESF e NASF cujos esforços são para propiciar um atendimento integral à saúde do idoso.