Artigo Anais I CONIDIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

PRIMEIRO ENCONTRO DE CASAS DE TERREIROS DE COMUNIDADES QUILOMBOLAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Palavra-chaves: QUILOMBOLAS, CASAS DE TERREIRO, UMBANDA, IDENTIDADE, IDENTIDADE Pôster (PO) GT 08 - Sociodiversidades e comunidades tradicionais no semiárido
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Publicado em 09 de novembro de 2016

Resumo

O presente estudo é um relato sobre o Primeiro Encontro de Casas de Terreiros de Comunidades Quilombolas que aconteceu nos dias dezenove e vinte de Agosto de 2016 no município de Paquetá, em Cana Brava dos Amaros na unidade escolar Agostinho José Garcia. O evento contou com a participação de representantes de comunidades Quilombolas, sendo estas Cana Brava dos Amaros, Custaneira, Mutamba, Tronco e São João da Varjota, discentes e docentes da Universidade Estadual do Piauí. O evento teve início com uma peça conduzida por jovens da comunidade que retratou a história da escravidão e a história da Umbanda. O primeiro dia de evento contou com o debate com o foco sobre o cotidiano de quem é Umbandista, revelando esta tradição como um traço característico presente até os dias atuais nos Quilombos. As rodas de conversa foram coordenadas pela Professora da Universidade Estadual do Piauí Janaína Aragão que subdividiu os grupos por temas distintos, o primeiro falou sobre os conceitos dentro da religião da Umbanda e a sua importância para a comunidade, um segundo grupo discutiu sobre a importância do repasse dessas tradições as futuras gerações e o terceiro grupo conversou sobre os preconceitos enfrentados por membro da Umbanda que por diversas vezes omitem sua crença por receio de sofrer represálias em ambientes externos ao Quilombo. Em um segundo momento do Evento os participantes foram convidados á assistir um documentário esclarecedor intitulado Atlântico Negro, que retrata as origens das religiões Africanas no Brasil, após este momento todos foram conduzidos a Casa de Terreiro da Comunidade Cana Brava dos Amaros onde todos os participantes vivenciaram a prática da religião Umbandista, finalizando o primeiro dia do Encontro. O segundo dia iniciou-se com uma apresentação do Samba de Cumbuca, outra tradição que nasce junto aos Quilombos, o representante da Comunidade Custaneira Arnaldo Lima, falou da importância de se manter vivas as tradições, em seguida o pesquisador membro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária(INCRA) João Auréo deu uma palestra sobre a importância de manter-se viva o Quilombo com todas as suas tradições, valorizando suas práticas religiosas como fator de união dos membros e a transcendência de valores repassados através destas, o mesmo ainda ressaltou a importância da mudança do olhar da sociedade sobre o povo Quilombola e suas ricas tradições. Com o término do evento a partir dos relatos dos participantes foi elaborado uma carta política, com o intuito de buscar os direitos de fato do povo da comunidade, no que tange a busca da garantia da preservação de sua identidade.

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