Aristida adscensionis Linn. é uma gramínea anual, com colmos finos e eretos, ramificados a partir da base, indicadora de solos degradados que encontra-se presente em extensas áreas do semiárido. A pesquisa foi conduzida no Departamento de Agrárias e Exatas da Universidade Estadual da Paraíba, em Catolé do Rocha – PB, em ambiente protegido (estufa), com o objetivo de estudar as características morfogênicas, estruturais e produtivas do capim-panasco submetido a diferentes fontes de matéria orgânica. O solo coletado foi misturado nas proporções 1:2 (uma parte de solo para duas partes de estercos de bovino, ovinocaprino, húmus de minhoca e o tratamento testemunha - apenas solo), acondicionados em vasos com capacidade para 12 kg e 1,0 g de sementes distribuídas em covas. Após a germinação realizou-se o desbaste, deixando apenas 2 plantas/vaso. Para o estudo das características morfogênicas e estruturais identificou-se um perfilho/planta que foram mensurados uma vez por semana, durante 36 dias. Após esta fase as plantas foram cortadas e avaliada a produtividade g/vaso do material vegetal fresco e pré-seco. O efeito das fontes de matéria orgânica foram avaliadas separadamente, observou-se que o húmus de minhoca promoveu melhor resposta na taxa de aparecimento foliar (0,20 folha/perfilho/dia), filocrono (5,06 dias), número de perfilhos (45,50), número de folhas verdes (6,20 folhas) e número total de folhas (7,20 folhas). A produtividade de matéria verde pode ser considerada satisfatória, não havendo efeito (P>0,05) para a relação folha/colmo da matéria pré-seca, com efeito significativo para as demais variáveis. A maior relação folha/colmo da matéria verde de Aristida adsencionis Linn. foi verificada quando esta foi cultivada no húmus de minhoca (1,17). O capim-panasco apresenta potencial para ser utilizado como forrageira, no semiárido paraibano.