As novelas brasileiras hoje são um dos programas mais vistos nas emissoras de Tv do nosso país, tendo como destaque diversos temas. O padrão Globo de telenovelas, por sua vez, conseguiu ampliar-se de forma exponencial, atravessando fronteiras e assumindo uma marca de sucesso única e não alcançada por outras produtoras. Além de ter suas ambientações representando diversas regiões brasileiras, as novelas globais destacam-se quando simbolizam o Nordeste, foco de variadas histórias que endossam os folhetins produzidos pela emissora. Este artigo visa discutir sobre a representação do Sertão nessas tramas nas telenovelas Pedra sobre Pedra e Velho Chico, objetivando entender o olhar do outro (o autor, o diretor, o cenógrafo, o figurinista) sobre o sertão nordestino. Para realização dos nossos estudos partimos metodologicamente da análise de cenas de ambas, tramas como os figurinos utilizados, cenografia e perfis dos personagens, tomando como base as análises de HAMBUGER (2005), e ALENCAR (2002), firmando-nos metodologicamente em ALBUQUERQUE (2012), MOSCOVICI (1991) E CHARTIER (1991), na tentativa de unir mídia, história e espaço geográfico.