Artigo Anais III CIEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-0854

CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA SOCIAL COGNITIVA PARA COMPREENSÃO DA VIOLÊNCIA FAMILIAR CONTRA O IDOSO

Palavra-chaves: VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO, FAMÍLIA, DESENGAJAMENTO MORAL Pôster (PO) Políticas publicas e envelhecimento
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Publicado em 15 de junho de 2013

Resumo

INTRODUÇÃO: No Brasil 90% dos casos de violência contra idosos acontecem no ambiente familiar e em sua própria casa. Apenas 30% dos casos de agressão contra o idoso chegam ao Judiciário. A violência familiar contra o idoso é um ato que causa danos e sofrimento à pessoa idosa, quando não a leva à morte. Os idosos submetidos a situações crônicas de violência dentro do lar apresentam uma diminuição gradual de suas defesas físicas e psicológicas, que se traduzem em doenças psicossomáticas, depressão, fuga à realidade, agitação, fadiga, diminuição do rendimento e falta de concentração. Ocorre numa situação intrafamiliar que pressupõe uma relação de cuidado e confiança. OBJETIVO: Analisar a contribuição da Teoria Social Cognitiva (TSC), desenvolvida por Albert Bandura, para compreensão da violência familiar contra o idoso. METODOLOGIA: Este estudo teórico foi desenvolvido por meio de uma pesquisa bibliográfica sobre o conceito de desengajamento moral desenvolvido por Bandura, permitindo fazer uma reflexão crítica sobre este fenômeno. RESULTADOS: O que se percebe nesse processo de interação social é que muitos destes comportamentos perpassam pela questão da aprendizagem, em que essas práticas familiares agressivas modelam e normatizam atitudes que a priori seriam consideradas socialmente como desviantes. Nesta direção, um conceito que pode contribuir para um melhor entendimento dessa questão vem a ser o de desengajamento moral, proposto por Bandura. CONCLUSÃO: Bandura nos permite refletir que diante das práticas violentas, o agressor necessariamente não carece de valores morais, mas sim, recorre a um mecanismo que reduz a dissonância cognitiva, uma vez que ele se desprende dos próprios padrões morais para cometer atos violentos sem sentir culpa ou autocondenação. A partir desta reflexão, pretende-se ampliar o foco de análise para favorecer o entendimento do sistema familiar em interação, colaborando proativamente para uma sociedade mais humanizada.

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