Este artigo tem como objetivo compreender a política de expansão da Educação Profissional e os seus desafios com foco no Instituto Federal Baiano. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, apoiado nas pesquisas bibliográfica e documental. A Lei n° 11.892/2008 responsável pela criação dos Institutos Federais representa um divisor de águas na história da educação profissional no Brasil. As políticas educacionais adotadas pelos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff vem seguindo um rumo completamente oposto às concepções neoliberais dos governos anteriores, que manteve a educação profissional estagnada por longos anos. O plano de expansão da Rede Federal busca fomentar o desenvolvimento socioeconômico e reduzir as desigualdades sociais e regionais, baseados no processo de interiorização dos IFs. Em 2016, a Rede Federal alcançou o expressivo número de 644 campi, sendo que 504 unidades foram implantadas nos últimos 14 anos. Do ponto de vista quantitativo, esta política de ampliação em larga escala vem alcançando grande êxito. Entretanto, alguns desafios ainda não foram superados, como é o caso do IF Baiano que apresenta alguns problemas relacionados a: estruturação e preparação adequada de suas unidades de ensino a fim de garantir o seu perfeito funcionamento; grandes disparidades entre os campi quando se compara estruturas físicas, recursos humanos e materiais. Dessa forma, para garantir a qualidade dessas unidades é importante que o governo repense a política de expansão e passe a priorizar o desenvolvimento das unidades que estão em funcionamento, para que só a partir daí, possa dar continuidade ao projeto de criação de novas unidades.