A educação é um direito de todos, inclusive daqueles privados de liberdade, de maneira que a Educação de Jovens e Adultos dentro dos presídios necessitam de professores dispostos e qualificados para trabalhar com um público tão diferenciado. Essa modalidade é de suma importância no desenvolvimento científico e no senso crítico dos beneficiados desse modelo educacional. Este artigo tem como objetivo analisar a vivência e as dificuldades encontradas de uma educadora prisional, conhecendo até que ponto a realidade desse sistema auxilia à construção da cidadania e ao retorno desses indivíduos à sociedade. O presente trabalho centrou-se como método investigativo através de um questionário com 10 questões semiabertas, que foi aplicado a uma professora de ciências, onde foi explanada sua formação acadêmica e suas dificuldades perante o exercício de sua profissão na unidade prisional Fontes Ibiapina, sendo a única localizada na cidade de Parnaíba-Piauí. Assim, foi possível conhecer as dificuldades encontradas pela professora que atua no ensino da EJA no âmbito prisional, com seus problemas no decorrer da sua rotina educacional e sua concepção de trabalhar com alunos do sistema carcerário, sendo constada como principal preocupação da docente entrevistada a segurança dentro do âmbito carcerário, porém mesmo diante os desafios a mesma relatou gostar do trabalho com a clientela em questão, pois para ela é algo gratificante. Tais relatos promoveram assim uma reflexão sobre a importância dessa modalidade dentro da formação inicial e continuada.