A característica marcante das instituições de educação profissional criadas no início do século XX eram as iniciativas assistencialistas, pois eram voltadas às classes proletárias e não existiam muitas condições estruturais do ponto de vista pedagógico. Assim, a assistência estudantil se constituiu dentro do próprio processo de criação dessas escolas. Após a expansão e a interiorização dessas instituições, no século XXI, a assistência estudantil foi uma das políticas que ganharam destaque, devido à diversidade dos alunos. Dessa forma, esse artigo faz uma análise do percurso histórico da Política de Assistência Estudantil na Educação Profissional brasileira, com ênfase no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN). A metodologia se constituiu em uma abordagem qualitativa, análise documental e revisão bibliográfica. O percurso metodológico se fez a partir das narrativas contidas no Portal da Memória do IFRN, além da análise dos decretos e documentos que traduzem essa história e nos fazem refletir sobre a Assistência Estudantil. Nossa concepção metodológica foi o materialismo dialético. Finalizamos com os desafios que temos para essa política passado o centenário da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e a sua expansão, pois a noção de assistência ao estudante deve estar vinculada a um projeto acadêmico. Nesse contexto, pode-se afirmar que as experiências da assistência estudantil devem ser entendidas como um espaço de ações educativas e de construção do conhecimento e, portanto, que se possa assegurar a igualdade de condições de acesso, favorecer a permanência e contribuir para a conclusão do curso.