A Insegurança Alimentar – IA está vinculada ao agravamento das doenças infecciosas e carenciais em algumas regiões e grupos populacionais de risco. O grupo infantil destaca-se pela grande vulnerabilidade nutricional a que estão sujeitos, bem como por demandas que requerem prioridade na assistência. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo analisar a relação entre saúde da criança e a situação da Insegurança Alimentar em famílias com recém-nascidos residentes na cidade de João Pessoa/Paraíba, através da aplicação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar - EBIA. Trata-se de um estudo de coorte, iniciado em duas maternidades públicas localizadas no município de João Pessoa. A população foi constituída de puérperas e seus respectivos recém-nascidos acompanhados no pós-parto e após o segundo mês pós-gestacional, onde se pode localizar 222 mães-filhos. Os resultados mostraram que 59% das famílias encontravam-se em IA. Não houve relação entre o sexo da criança e a situação de IA (p= 0,082), assim como não houve relação entre anemia (p= 0,429), febre (p= 0,406) e tosse (p= 0,540), porém foi visto uma tendência das crianças em famílias sob situação de IA, apresentarem mais diarreia (17,1%) e dor de ouvido (8,6%) (p= 0,051). Percebe-se que a Insegurança Alimentar ainda é um fator condicionante na saúde da população, principalmente em grupos vulneráveis como puérperas e crianças. De modo que, estudos como este são necessários para avaliar a situação de IA da população em diversas localidades do país e detectar diferentes realidades nutricionais.